Luena – A Associação Angolana das Autoridades Tradicionais (ASSAT) desencorajou, esta quinta-feira, a intromissão de alguns membros nas decisões administrativas do Estado, acção que considera contrastante com o seu papel nas comunidades.
Conforme o presidente desta associação, Virgílio Mendes, que intervinha num encontro com as autoridades tradicionais da província do Moxico, existe uma corrente de sobas e auto-declarados reis que têm tentado exercer influência nas decisões das Administrações Municipais e ameaçando as autoridades administrativas com práticas obscuras.
Virgílio Mendes recordou que esta não é a missão de uma autoridade tradicional, apelando aos seus membros a se absterem de tais práticas.
O responsável denunciou também outras correntes de supostas autoridades tradicionais que têm promovido campanhas políticas “enganosas”, prometendo salários de até 300 mil kwanzas no seio da classe, com auxílio de supostas algumas organizações políticas do país.
Na ocasião, apelou à união da classe, que deve primar pela vigilância e disciplina, desencorajando conflitos no seio das autoridades tradicionais.
Com vista a potenciar os seus membros, informou que a ASSAT em parceria com o Governo tem projectos agrícolas, agro-pecuária, pesca e construção de pousadas tradicionais, espaço para resolução de conflitos sociais.
A Associação Angolana de Autoridades Tradicionais (ASSAT) foi criada em Maio de 2003, para valorizar e engrandecer o trabalho e a figura dos Reis, Rainhas, Príncipes, Sobas, Sobetas, Seculos do país. Actualmente controla mais de 41 mil membros em todo país. TC/YD