Lubango – Actores huilanos residentes na cidade do Lubango defenderam hoje, quinta-feira, a urgência da inserção do ensino das artes cénicas no sistema curricular, visando contribuir para a descoberta de talentos e despertar a formação na área.
Os artistas falavam à ANGOP, no Lubango, à margem do lançamento do programa das festividades do dia internacional do teatro (27 de Março), que decorrerão sob o lema: “Mais teatro, mais vida”, numa iniciativa da Associação local.
Segundo o encenador do grupo Candimbas de Santa Cecília, Timóteo Júnior, com 25 anos de carreira, já é tempo de o Ministério da Educação considerar a introdução do teatro no currículo do ensino primário ao I ciclo, para permitir que as crianças aprendam a desenvolver a arte representar.
Considerou que com as artes cénicas nas escolas, os petizes terão a oportunidade de usar a linguagem do teatro, bem como dedicar-se a entender o valor de representar, formandos grupos que podem ajudar a enriquecer a cultura.
Rosa Quirino, actriz há 15 anos, disse que a Huíla, apesar da sua dimensão geográfica, não dispõe de escolas de teatro, daí que é importante as autoridades assumam políticas adequadas para o efeito.
Por sua vez, o presidente da Associação Provincial de Teatro, na Huíla, José Sabonete, assinalou que o crescimento enriquece a história e as crianças são uma parte importante nesse processo.
O programa das festividades do dia internacional de teatro reserva demonstrações, palestras e mesas redondas sobre as artes cénicas.
O Dia Mundial do Teatro foi criado pelo Instituto Mundial do Teatro em 1961, mas a sua primeira celebração só aconteceu no ano seguinte, em 1962, no dia 27 de Março, cuja história do teatro teve início na Grécia Antiga, em torno do século VI antes de Cristo.
Nessa época, eram realizados rituais em louvor ao deus mitológico Dionísio, divindade relacionada à fertilidade, vinho e diversão. Assim, o teatro surge nesse contexto e em consequência dessas festas. JT/MS