Agrupamento Os Kiezos marca 20 anos do Centro Cultural e Recreativo Kilamba

     Cultura              
  • Luanda • Domingo, 19 Dezembro de 2021 | 18h20

Luanda –Com o agrupamento Os Kiezos em palco, o Centro Cultural e Recreativo Kilamba, movimentou, este domingo, centenas de entusiastas da música popular angolana, no quadro das celebrações dos 20 anos em defesa do cancioneiro angolano.

Comandado por Manelito e Brando, o agrupamento passou, em pouco mais de uma hora em palco, revista ao seu vasto, rico e velho reportório, com destaque para temas como "za boba", "muá pangu", "milhorró”, "nguami Ku soba", "kiezu jabu", "monami messene", “kuxingue ngamba”, ”Candonga”, “Comboio”, “Princesa Rita”, “Jingololo”, “Tristezas não Pagam Dívidas”, para satisfazer os fãs e utentes da casa.

Com o semba no pé, o agrupamento, que aproveitou a oportunidade para homenagear o recém falecido fundador, Kituxi, justificou em palco as razões de ser considerado, a par dos Jovens do Prenda, um dos melhores conjuntos do antigamente ainda a dar cartas no music hall angolano.

Para além dos Kiezos, o evento contou ainda com as participações de lulas da Paixão, Dom Caetano, António do Fumo Jr e da Banda Movimento, que emprestaram, igualmente, o seu cardápio artístico para assinalar o dia.

Encerrado há dois anos devido à pandemia da Covid-19, o espaço aproveitou a comemoração dos 20 anos para proporcionar aos amantes da música angolana de raiz uma tarde de domingo memorável, deixando no ar o recado de que volta a reabrir  para retomar o seu programa habitual.

Estevão Costa, o responsável da casa, fez de questão de afirmar que estão reunidas as condições para voltar a receber o público, que uma vez por mês, têm no espaço o local predilecto para ouvir e ver artistas que marcaram e continuam a marcar a música angolana.

Conforme a fonte, a casa vai manter à sua essência, ligada a divulgação, valorização, defesa e preservação da música angolana, dando espaço para a antiga e a nova geração de artistas angolanos.

Sobrevivente entre os centros culturais e recreativos espalhados pelo país até aos anos 80, com particular destaque na capital angolana-Luanda, o Centro Cultural e Recreativo Kilamba é actualmente a “única reserva moral” da música popular angolana (música angolana do antigamente), fruto do seu resistente programa Musongué da Tradição que acontece uma vez por mês.

Fruto da paixão e da visão nostálgica do seu responsável, Estêvão Costa, o ex-Maria das Escrequenhas tornou-se há mais de 10 anos na referência e ponto de convergência quando se trata da música popular angolana, dando voz e "ressuscitando" agrupamentos e artistas individuais em "vias de extinção".

 Surgido na década de 70, altura em que rivalizava com outros espaços, entre os quais o Centro Cultural e Recreativo Gajajeira, Maxinde, o Kilamba, depois de uma operação de cosmética, continua a dar espaço para a velha e nova geração de artistas angolanos, contribuindo para o resgate da dignidade de um leque de artistas que depois dos anos 90 tinham desaparecido da cena musical.

Uma vez por mês, num domingo, o espaço se tem tornado na casa de frequência de centenas de angolanos ávidos em ouvir e ver ao vivo nomes de referência da música angolana, individual ou agrupamentos, numa clara mensagem da necessidade do aumento da oferta nesta vertente.

Com uma diversificação de oferta, a gerência do espaço tem procurado colocar ao dispor dos amantes da música angolana do antigamente um verdadeiro cardápio musical para todos os gostos, mas privilegiando, acima de tudo, música que marcou e continua a marcar o espaço nacional, levando o público a autênticas viagens ao passado do musical hall angolano.

 A casa, que também é conhecida como a Catedral da Música Angola, trouxe de volta ao mercado agrupamentos como Os Kiezos, Jovens do Prenda, Kimbambas do Ritmo, e artistas individuais da velha guarda que há muito estavam relegados ao estaleiro.

Na sua grelha de programas, o destaque recai para o Muzongué da Tradição,  um programa que teve o seu início em Fevereiro de 2007 e visa a promoção, divulgação e valorização da música angolana produzida nos anos 60, 70 e 80.

Mas tem promovido também o "Farrar ao Antigamente" e "Show à Sexta-Feira".



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