Washington - O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, promoveu esta sexta-feira o novo roteiro para Gaza revelado pelo Presidente Joe Biden, que tem em vista o cessar-fogo, durante chamadas com os seus homólogos da Jordânia, Arábia Saudita e Turquia.
Blinken, que regressava de uma reunião da NATO em Praga, insistiu que o Hamas "deve aceitar o acordo sem demora", revelou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, relatando conversas telefónicas a partir do avião que transportava o secretário de Estado, noticia o site Notícias ao Minuto.
O governante norte-americano enfatizou que "a proposta era do interesse dos israelitas e palestinianos, bem como da segurança da região a longo prazo".
O chefe de Estado norte-americano revelou esta sexta-feira uma proposta israelita ao grupo palestiniano Hamas, sublinhando que este roteiro pode terminar a guerra na Faixa de Gaza e libertar os reféns que permanecem no enclave.
Biden explicou que a primeira fase do acordo duraria seis semanas e incluiria um "cessar-fogo total e completo", a retirada das forças israelitas de todas as áreas povoadas da Faixa de Gaza e a libertação de vários reféns em posse do Hamas, incluindo mulheres, idosos e os feridos, em troca de centenas de prisioneiros palestinianos.
Os reféns norte-americanos seriam libertados nesta fase e os restos mortais dos que foram mortos devolvidos às suas famílias. A assistência humanitária seria aumentada, com 600 camiões autorizados a entrar no enclave palestiniano todos os dias.
A segunda fase incluiria a libertação de todos os reféns vivos restantes, incluindo soldados do sexo masculino, e as forças israelitas abandonariam as suas posições em todo o território da Faixa de Gaza.
Por fim, a terceira fase exige o início de uma grande reconstrução da Faixa de Gaza, que enfrenta décadas de trabalhos devido à devastação causada pela guerra.
Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza após um ataque mortífero do Hamas em 07 de Outubro, no qual militantes palestinianos invadiram o sul do território israelita, mataram quase 1.200 pessoas, na maioria civis, e levaram cerca de 250 como reféns.
A operação israelita em grande escala de retaliação no enclave palestiniano já matou mais de 36 mil pessoas, na maioria também civis, de acordo com o governo local do Hamas, e deixou o território numa grave crise humanitária. JM