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Huambo supera crise e abre portas à formação profissional  

Presidente da República, João Lourenço, inaugura Centro Cultural do Huambo
Presidente da República, João Lourenço, inaugura Centro Cultural do Huambo
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Huambo – Apesar das dificuldades de ordem económica e financeira vividas pela província do Huambo em 2024, foram registados avanços significativos no domínio das infra-estruturas de formação técnico-profissional e cultural.

Por Aurélio Janeiro, jornalista da ANGOP

Com o objectivo de se posicionar como uma referência nacional em termos de formação técnico-profissional, a província do Huambo, localizada no Planalto Central de Angola, passou a contar, desde Janeiro último, com dois importantes empreendimentos para garantir o futuro de milhares de jovens angolanos.

Trata-se do Centro de Formação de Jornalistas (CEFOJOR) e do Centro Integrado de Formação Técnico-profissional (CINFOTEC), inauguradas pelo Presidente da República, João Lourenço, e que têm causado a “invasão” da província do Huambo por centenas de jovens de diversos pontos do país.

Tendo em conta que actualmente o mercado de trabalho é um pouco mas exigente, o Executivo angolano tem apostado fortemente na formação de técnicos qualificados e capazes de ajudarem a suprir algumas lacunas em certos sectores e, ao mesmo tempo, dotá-los de capacidades para se auto-empregarem.

Deste modo, o CEFOJOR, com uma superfície de 80 mil metros quadrados e 19 mil de área construída, passou a assegurar a formação nas áreas de Jornalismo, Relações Públicas, Multimédia, Cinema, Publicidade e Marketing a nível do país e da região da SADC.

Constituído por seis edifícios, um dos quais reservado ao serviço de restauração, duas quadras polidesportivas e seis residências de passagem, com as tipologias T 3 e T4, o centro dispõe de 16 salas de aula, 87 dormitórios para o internamento de até 200 alunos, salas de professores, auditórios, estúdios de rádio, televisão e fotografia, biblioteca, enfermaria e digital.

Considerado o maior do país, o centro, cuja construção custou 35 milhões 871 mil e 925 dólares americanos, tem uma rádio a funcionar em regime experimental na frequência de 88.5 em FM, e servirá também para formar quadros da região da SADC.

Após a inauguração do empreendimento, com capacidade para formar mais de mil quadros do sector por cada ciclo formativo, o Chefe de Estado angolano deu nota positiva ao trabalho da comunicação social.

Os estúdios de TV e Rádio e a sala de Imprensa do CEFOJOR Huambo homenageiam os falecidos jornalistas Celestino Caeso, da TPA, Carlos Pereira, da Rádio Nacional de Angola, e Joaquim Neves, da ANGOP, respectivamente, bem como da escritora Gabriela Antunes.

CINFOTEC

O CINFOTEC, construído num espaço  de seis mil 531, 17 metros quadrados, no âmbito da cooperação entre Angola e a China, é o segundo maior do país, depois do de Luanda, com um investimento acima de 30 milhões de dólares americanos.

Pertencente ao Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS), o centro, cuja inauguração está para breve, terá uma capacidade para 710 formandos, por turno, nos cursos de Segurança no Trabalho, Controlo de Qualidade (na área de Metrologia) e Data Cabling System.

Tem igualmente cursos de Informática na Óptica de Utilizador, Fotografia e Edição Multimédia (Tecnologia de Informação e Comunicação), Electricidade Básica, Automação de Linhas de Produção, Hidráulica e Electro-hidráulica (Electricidade, Energias Renováveis e Mecatrónica).

O centro está concebido para 38 formadores, 35 administrativos e 34 auxiliares e forma também nos cursos de Higiene, Soldadura por Electrodo Revestido, Torneamento Mecânico Convencional e Mecânica para Motores Diesel (área de Mecânica e Produção).

Os cursos, subvencionados pelo Estado, têm uma carga temporária variável, entre 40 e 520 horas, sendo que os formandos não bolseiros devem fazer uma comparticipação que pode variar entre 25 e 166 mil kwanzas.

Com essas infra-estruturas, a província do Huambo tem uma oferta formativa devidamente apetrechada de equipamentos para a formação teórica e prática.

O CINFOTEC do Huambo, o mais moderno do país, é o terceiro, depois do de Talatona, inaugurado em 2008, e do Rangel, em 2017, ambos na província de Luanda.  

O edifício integra três blocos, sendo dois para laboratórios e um administrativo, 36 oficinas, casa das máquinas e um campo multiusos.

Centro Cultural

Ainda em Janeiro deste ano, o Presidente João Lourenço inaugurou o Centro Cultural “Manuel Rui Monteiro”, um empreendimento de formação de artes e de promoção da cultura nacional.

Construído numa área de três hectares, na confluência entre as avenidas Norton de Matos e do Granja, assim como a rua que desce em direcção ao largo Deolinda Rodrigues, a infra-estrutura possui três cine-teatros com 500, 150 e 100 lugares cada.

Conta igualmente com duas salas de conferências, um espaço para a apresentação de trabalhos de arte, literatura e música, duas salas para aulas de dança, igual número para artes plásticas e artesanato e uma para exposições.

Dispõe de 11 lojas de especialidades artísticas e culturais, dois restaurantes topo de gama, um dos quais no 2º piso, com vista para a parte Alta da cidade, dois cafés voltados para a zona baixa da urbe, áreas de apoio aos actores e músicos durante as suas exibições em palco e duas salas para aulas de música.

O empreendimento conta, ainda, com um bar, posto policial, uma geladeira, parque infantil, loja de venda de bebidas, duas salas multifunções, um restaurante a céu aberto, com área para espectáculo e uma pedonal coberta, que ligará a infra-estrutura ao Jardim da Cultura.

À entrada do centro, cuja cobertura se configura como um fumo que sai da chaminé de uma locomotiva, em reconhecimento ao contributo do Caminho de Ferro de Benguela (CFB) na promoção do desenvolvimento social, económico e cultural, o utente depara-se com a primeira cacimba da cidade do Huambo, com 25 metros de profundidade, erguida na época colonial.

A 4 de Abril do corrente ano, a província acolheu o acto central do Dia da Paz e da Reconciliação Nacional, orientado pelo ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Pereira Furtado, que considerou como visíveis, imensuráveis e irrefutáveis as conquistas sociais e económicas da província.

Durante o acto, o governante assegurou a conclusão da Estrada Nacional (EN) 354, no troço Cuima/Cusse, um dos grandes desafios do Executivo.

A nomeação, a 15 de Julho, de Pereira Alfredo, pelo Presidente da República, João Lourenço, para governador da província do Huambo, em substituição de Lotti Nolika, foi um dos acontecimentos mais relevantes desta região do país no ano prestes a terminar.

Durante a cerimónia de passagem de pastas, orientada pelo ministro da Administração do Território, Dionísio Manuel da Fonseca, o 16º governador da província do Huambo pediu à população para cultivar o espírito de coesão, unidade e resiliência, de modo a contribuir para a resolução dos problemas locais.

Com a sua nomeação, Pereira Alfredo implementou o Plano de Emergência para a recuperação da imagem da cidade do Huambo, que compreende quatro eixos, designadamente, ambiente, infra-estruturas, saneamento básico e expansão da rede de iluminação pública.

Trata-se de 25 empreitadas de construção, recuperação e requalificação de infra-estruturas sociais e económicas, para melhorar a plástica urbana da província, nesta primeira fase, das cidades da Caála e do Huambo, assim como da vila municipal do Bailundo.

Com financiamento de cinco mil milhões de kwanzas dos Recursos Ordinários do Tesouro (ROT), as obras, já em curso, incluem a recuperação e a expansão da rede de iluminação pública das sedes municipais, sobretudo as ruas do casco urbano e do troço Huambo/Caála, para além das vias dos bairros Benfica, São João/Chianga/Cambiote/Cruzeiro e da Juventude/Lossambo.

No domínio dos órgãos de defesa e ordem interna, a província registou como facto relevante a nomeação do tenente-general Simão Carlitos Wala, em substituição do também tenente-general Paulo Silva Xavier “Passix”, tornando-se no 10º responsável máximo da Região Militar Centro, que compreende as províncias de Benguela, do Bié, do Cuanza-Sul e do Huambo (quartel-general).

A Delegação do Interior e o Comando da Polícia Nacional na província do Huambo observaram, igualmente, mudanças de líderes, com a troca do comissário-chefe Manuel Francisco Gonçalves pelo comissário José Fernando Mação.

Outro acontecimento também badalado em 2024 teve a ver com o início da evacuação do edifício da ex-FAPA, na avenida 21º Aniversário da Independência, na cidade do Huambo, devido ao avançado estado de degradação, com a transferência dos moradores para a centralidade Fernando Faustino Muteka, no município da Caála.

A propósito, o Presidente da República autorizou a demolição de nove edifícios nas províncias do Bié, Cuanza-Sul, Huambo (ex-FAPA) e Luanda, devido ao estado de degradação avançada, preservando o bem vida e garantindo condições dignas de habitabilidade.

A detenção de uma cidadã angolana de 32 anos de idade pelas forças policiais, no município do Londuimbali, acusada de matar e consumir partes do corpo do filho de 11 meses mereceu igualmente destaque ao longo do ano.

Lembre-se que a cidadã em causa, depois de matar o filho com uma catana e outros objectos, resolveu fritar e cozinhar os pulmões e o cérebro e consumiu-os.

No domínio da justiça, a província passou a contar com o novo edifício do Tribunal da Comarca, inaugurado pelo juiz presidente do Conselho Superior da Magistratura Judicial (CSMJ), Joel Leonardo.

O edifício, localizado na avenida 21º Aniversário da Independência (ex-5 de Outubro), conta com 46 compartimentos, com destaque para o Gabinete de Apoio ao Cidadão, sala de família e de audiências, para melhor acomodação dos magistrados e o bom atendimento às comunidades.

Este mesmo tribunal condenou, a 31 de Outubro, o então presidente do Conselho de Administração da Empresa de Águas e Saneamento local, Adolfo Elias Gomes, a três de prisão, com pena suspensa, por crime de peculato.

Durante a sessão, decorrida na 1ª secção da sala dos crimes comuns, foi igualmente condenado o co-autor material do crime, com a mesma sentença, o então administrador Financeiro da referida empresa, Henrique Mendes Teixeira.

Constam nos autos como participante o cidadão Euclides Luís de Castro, que denunciou publicamente, em Abril de 2020, os co-arguidos de se apropriarem de mais de 300 milhões de kwanzas das receitas provenientes da taxa de lixo e de águas residuais, produzido na centralidade do Lossambo, a oito quilómetros da cidade do Huambo. ALH/SR





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