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Hospital Geral do Cunene eleva padrões de saúde pública

Hospital Geral do Cunene" General Simione Mucune"
Hospital Geral do Cunene" General Simione Mucune"
Luisa Henriques-ANGOP

Ondjiva - A entrada em funcionamento do Hospital Geral do Cunene "Simione Mucune", em 2024, elevou os padrões de saúde pública na província, com a disponibilização de serviços especializados, que antes obrigavam os cidadãos a deslocar-se para o exterior.

Por Pedro Manuel, Fabiana Hitalukua e Luísa Henriques, jornalistas da ANGOP

Construído numa área de 60 mil metros quadrados, o Hospital assegurado por 105 médicos, 500 enfermeiros e 350 técnicos de diagnóstico e terapêutica dispõe de 26 blocos, sendo quatro operatórios, salas de hemodiálises com 12 cadeiras, banco de sangue, internamento psiquiátrico e oito residências para médicos.

Dispõe ainda de serviços de endoscopia, biologia, pediatria, obstetrícia, biologia, oftalmologia, estomatologia e cirurgias diversas, entre outros.

Sete naves ligadas ao internamento, à pediatria, à maternidade, ao bloco operatório, ao banco de urgência, ao laboratório de microbiologia, à sala de Tomografia Axial Computarizada (TAC), à farmácia e à salas de espera suportam a unidade que custou aos cofres do Estado 52 milhões de euros (um euro equivale a cerca de 940 kwanzas).

Com a entrada em funcionamento do novo Hospital, a província do Cunene passou a contar com 158 unidades sanitárias, sendo um Hospital Geral, um da Missão Católica do Chiulo, seis hospitais municipais, 107 postos de saúde e 43 centros de saúde.

Entre outros factos que marcaram o ano de 2024 na província do Cunene figura também a quinta visita do Presidente da República, João Lourenço, depois das de 2019, 2021, 2022 e 2023.

A visita de três dias do titular do Poder Executivo teve como agenda a inauguração do novo Hospital Geral, em Ondjiva,  seguida de uma reunião ordinária do Conselho de Governação Local e a avaliação do estado de execução da barragem do Nduê no Cuvelai.

A reunião de governação local analisou a situação de segurança pública no país, o relatório das actividades desenvolvidas pelos governos provinciais, a execução do Orçamento Geral do Estado (OGE) e o programa de aceleração da agricultura e reforço da segurança alimentar.

João Lourenço deslocou-se ao município do Cuvelai, onde constatou os níveis de execução das obras de construção da barragem do Nduê, localizada a 250 quilómetros a Noroeste da cidade de Ondjiva, a cidade capital.

O projecto, actualmente com um grau de execução física e financeira de 83%, enquadrado no Programa de Combate aos Efeitos da Seca no Sul de Angola (PCESSA), visa garantir o acesso das populações e do gado à água, melhorar a segurança alimentar e promover o fortalecimento da agricultura.

Com um período de execução de 30 meses, o projecto está implantado numa área de 17,14 quilómetros quadrados, terá 23,51 metros de altura e volume de armazenamento de 170 milhões de metros cúbicos de água.

A barragem integra uma rede de canais condutores de 75 quilómetros até ao município de Namacunde, passando pelas comunas de Cubati (Cuvelai) e Oshimolo (Cuanhama), bem como 15 chimpacas.

Com um investimento de 192 milhões de dólares, o projecto vai garantir o abastecimento de água a 55 mil habitantes, 60 mil cabeças de gado, irrigar uma área de 9.200 hectares e a criação de 591 postos de trabalhos directos.

Também em 2024, o Cunene testemunhou o aumento da produção agrícola no canal do Cafu, um dos maiores investimentos do Estado angolano na província, nos últimos três anos.

No total, foram colhidas seis mil e 779,17 toneladas de produtos diversos, contra as quatro mil de 2023.

Da produção destaca-se o tomate, que representa 60% do global, a cebola (20%), o repolho e o milho (5%), a beringela (4%), a couve e o feijão, com 2% cada.

A autorização por Despacho Presidencial nº 222/24 de 9 de Setembro, para a abertura de um procedimento de contratação simplificada para construção de infra-estrutura integrada da cidade de Ondjiva, no valor de 272 milhões, 760 mil e 662.31 de euros, também marcou o ano económico na região.

O projecto, cuja fiscalização está orçada em seis mil milhões, 480 milhões, 111 mil, 427 kwanzas e 46 cêntimos, visa a implementação de um sistema eficiente de drenagem e aproveitamento de águas pluviais para mitigar os efeitos das inundações que afecta a cidade em época chuvosa.

No domínio da circulação rodoviária foram reiniciadas  as obras de asfaltagem de 80 quilómetros e instalação de 63 pontes hidráulicas no troço Ondjiva/Omala, estrada nacional 120.

A empreitada, paralisada desde 2013, conta com um orçamento de 27 mil milhões de kwanzas, e será executada num período de 18 meses.

No domínio humanitário, o ano findo  registou o encerramento do centro de acolhimento da povoação de Calueque, município de Ombadja que, desde 2022, albergava antigos refugiados angolanos na República da Namíbia.

O acto seguiu-se à condução de dois mil e 50 cidadãos nacionais às suas zonas de origem que eles tinham abandonado devido à fome e à seca.

Estavam concentradas no centro 736 famílias provenientes dos municípios do Curoca, da Cahama e de Ombadja, (Cunene), dos Gambos, da Chibia e do Lubango (Huíla) e de Virei no Namibe, que beneficiaram de mais de mil e 874.09 toneladas de bens alimentares e 826 unidades de bens não alimentares.

O início das obras do futuro edifício do Instituto Superior Politécnico do Cunene, primeira instituição pública deste nível para formar quadros nas áreas de Educação, Agricultura, Saúde, Gestão, entre outras, também marcou o ano findo.

No âmbito da empregabilidade e melhoria da oferta dos serviços públicos, foram criados mil e 132 empregos, sendo 852 no sector da Saúde, 244 no Governo e 36 no sector da Educação.

Com uma superfície de 77 mil e 213 quilómetros quadrados, a província do Cunene conta com um milhão, 17 mil e 491 habitantes.PEM/FI/LHE/IZ





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