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EUA: Uma nação com poder multidimensional

Panorâmica da cidade de Washigton, EUA
Panorâmica da cidade de Washigton, EUA
Quinito Bumba-ANGOP

Luanda - Os Estados Unidos da América, cujo Presidente efectua, de 2 a 4 de Dezembro, uma histórica visita de Estado a Angola, para a consolidação da parceria estratégica, exercem uma poderosa influência económica, política e militar em todo o mundo.

Por Domingos Cambiete, jornalista da ANGOP

O país  integra o quinteto de detentores do poder de veto como membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, ao lado de França, Reino Unido, China e Rússia.

Nova Iorque, sua capital comercial com pelo menos  nove milhões de habitantes, é o maior centro financeiro e cultural do mundo, bem como a capital da diplomacia mundial, enquanto sede das Nações Unidas.

Na estrutura das contribuições financeiras da organização mundial, os Estados Unidos respondem por quase um terço do total do seu orçamento, num universo de 193 Estados-membros.

Quase todos os países têm embaixadas em Washington, a capital político-administrativa, e muitos consulados noutros estados.

Da mesma forma, a maioria das nações acolhe missões diplomáticas americanas, exceptuando-se o Butão, a Coreia do Norte, o Irão e Cuba, que não têm relações diplomáticas com os Estados Unidos.

A sua condição actual de principal potência do mundo não foi alcançada de forma repentina, mas pelo concurso e sucessão de vários factores que lhe permitiram consolidar-se, finalmente, como uma das nações mais importantes do planeta.

Foram necessários pouco menos de quatro séculos para que os EUA passassem da condição de colónia (britânica) para superpotência, com raízes de crescimento económico que foram fundamentais para o seu desenvolvimento económico.

Muito cedo, o país fez avanços significativos que impulsionaram a aceleração comercial com a expansão do mercado interno que gerou prosperidade económica e maciços investimentos em mineração no século XIX, aumentando a produção.

No final do século XIX, a descoberta e a extracção do petróleo deram novos rumos à economia norte-americana, pois esse momento promoveu uma revolução nos transportes, com a criação do seu primeiro automóvel pelo empresário Henry Ford.

Antecedentes do crescimento

A ascensão da economia norte-americana deve-se, principalmente, à  intensa acumulação de capital ocorrida na segunda metade do século XIX.

No início do século XX, o país já possuía grandes empresas que detinham os monopólios do petróleo, do aço, de automóveis e de ferrovias.

O crescimento da economia norte-americana também foi propiciado por acontecimentos históricos como a primeira e a segunda guerras mundiais (1914-1918 e 1939-1945), numa altura em que a Europa carecia  de fundos para a sua reconstrução.

Os EUA aproveitaram aquele período para fornecer empréstimos e mercadorias ao velho continente, resultando num gigantesco crescimento do seu Produto Interno Bruto (PIB), e consolidaram-se definitivamente como a maior potência mundial, num processo que ficou conhecido como Plano Marshall.

As grandes nações da Europa Ocidental encontravam-se enfraquecidas económica, industrial e politicamente, após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), visto que o conflito havia devastado profundamente diversos países.

Foi nesse contexto que despontaram duas potências mundiais com ideais opostos, designadamente os EUA e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), ambas com pretensões de expandir as influências dos seus sistemas político-económicos (capitalismo e socialismo) pelo mundo.

Essa rivalidade, conhecida como Guerra Fria, perdurou até à queda do socialismo, em 1991.

Para além da ajuda financeira, os Estados Unidos forneceram produtos industrializados à Europa e a outros países que mantinham relações comerciais com as potências europeias.

Adicionalmente, contribuíram para a consolidação dos EUA como “potência máxima” outros factores como o enorme mercado consumidor interno, o sistema de colonização (povoamento), abundante mão-de-obra, potencial energético e jazidas minerais diversificadas.

Acrescem-se a isso suportes estruturais nas áreas de logística, aperfeiçoamento de técnicas e tecnologias e uma malha urbana que favoreceu o funcionamento industrial.

Expansão das multinacionais

As multinacionais norte-americanas dominaram ainda mais o processo de acumulação de capital, tendo os seus investimentos ocorrido, a princípio, em países europeus e depois em mercados em expansão como os países subdesenvolvidos.

As primeiras multinacionais norte-americanas foram a General Motors, a Ford, a Texaco, a Esso, a Coca-Cola, a Nabisco, a Johson&Johson e a Gillete.

A expansão dessas multinacionais no mercado internacional intensificou o ritmo de crescimento económico e foi grande geradora de fluxos de mercadorias.

Actualmente, o comércio externo americano corresponde a 16% do total mundial, e o país mantém relações comerciais com grande parte das nações.

Para isso, contribuiu ainda o facto de o Dólar dos EUA, também conhecido como Dólar americano, servir de moeda padrão.

É a moeda oficial dos Estados Unidos, utilizada no mundo inteiro, tanto em reservas internacionais, como em livre circulação nalguns países.

A sua expedição é controlada pela Reserva Federal dos EUA e é moeda padrão internacional e porto seguro para investidores com elevada aversão ao risco.
 

Economia mundial

Entre as 10 maiores economias, os EUA lideram o ranking com um PIB de USD 28,7 triliões e um crescimento de 2,7% em 2024, representando um aumento de 0,6 ponto percentual em relação à previsão anterior. 

A China aparece em segundo lugar, com USD 18,53 triliões, seguida pela Alemanha (USD 4,59 triliões).

Os EUA são, também, o maior fornecedor de ajuda humanitária, tendo investido mais de 42 mil milhões de dólares desde o início da Administração Biden.

Com 333,3 milhões de habitantes distribuídos por 50 Estados federados, o país é, hoje, a base da Internet, tecnologia que transformou o sector das telecomunicações e tecnologias de informação no mundo inteiro.

As suas novas empresas digitais como X (ex-Twitter), Facebook e Google desempenharam e continuam a desempenhar a um papel fundamental no processo da nova revolução industrial.

A visita de Biden a Angola representa, portanto, um marco importante nas relações bilaterais, com foco em promover uma parceria de longo prazo, capaz de enfrentar os desafios globais compartilhados por ambos os países.

Tal como afirma Washington, ela "celebrará a transformação da relação EUA-Angola, reconhecerá o papel de Angola como parceiro estratégico e líder regional e discutirá sobre o aumento da colaboração em segurança, saúde e parcerias económicas". DC/ART/IZ





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