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Assinala-se hoje o Dia dos Namorados

Casais celebram dia dos namorados
Casais celebram dia dos namorados
Pedro Parente - ANGOP

Luanda - Diferentes partes do mundo comemoram esta sexta-feira, 14, o Dia dos Namorados, conhecido também como Dia de São Valentim, para celebrar o amor e a união das pessoas que partilham sentimentos afectivos.

Por Mateus Sorte, jornalista da ANGOP

A data enfatiza a demonstração de afeição entre amigos ou casais de namorados, que, neste dia, trocam cartões e presentes.

A data foi instituída pela Igreja Católica, em tributo ao bispo Valentim, morto em Roma por ter desobedecido ao imperador Cláudio II, que havia proibido o casamento durante as guerras, acreditando que os solteiros eram melhores combatentes.

De forma clandestina, o bispo continuou a celebrar casamentos, facto que lhe causou a prisão e a pena de morte.

Enquanto esteve preso, muitos jovens enviavam-lhe flores e bilhetes a dizer que ainda acreditavam no amor.

Segundo a História, enquanto cumpria a  pena de prisão, São Valentim apaixonou-se pela filha cega de um carcereiro e, milagrosamente, devolveu-lhe a visão.

Antes da sua execução, Valentim escreveu uma mensagem de adeus para ela, na qual assinava como “Seu Namorado” ou “De seu Valentim”.

Considerado mártir pela Igreja Católica, a data da sua morte,  o 14 de Fevereiro, também marca a véspera de Lupercais, festa anual celebrada na Roma antiga, um dos rituais de passeata da fertilidade.

Nesse ritual, os sacerdotes caminhavam pela cidade, batendo em todas as mulheres com correias de couro de cabra para assegurar a fecundidade.

Namoro nos dias de hoje

O namoro vivido pela maioria dos joven hoje está “longe” dos moldes anteriores, cujo objecto era a preparação do casal para o matrimónio, com foco na partilha da vida entre duas pessoas de sexos opostos.

Segundo a conselheira matrimonial da Igreja Metodista Unida de Boa Esperança Isabel Matos, o namoro é caracterizado por uma fase de conhecimento entre duas pessoas, marcando um período de preparação para outros objectivos, como a constituição de uma família.

No seu entender, actualmente a sociedade não encara essa etapa com responsabilidade, tendo em conta os usos e costumes da cultura angolana, em que o consentimento dos pais de ambas famílias, era uma condição prévia, sem oportunidade de envolvimento sexual até ao alambamento ou pedido e o casamento.

“As pessoas namoravam, as famílias se conheciam e só depois viria o matrimónio. Agora já não se fala de honra, principalmente nas meninas”, salientou a conselheira matrimonial em declarações à ANGOP a propósito da efeméride.

Para José Saldanha, casado há 15 anos, o período de namoro era mais valorizado nos tempos anteriores, comparativamente aos dias de hoje, uma vez que os jovens pautavam pela amizade e respeito mútuo pela família, em detrimento da relação sexual que muito norteia o namoro actual.

“Hoje os jovens encaram o namoro na base da relação sexual, quando no passado se primava pela amizade”, referiu.

A fonte sublinhou ainda que o actual relacionamento entre os jovens tornou-se mais materialista, em que ambos exigem algo em troca durante o período de “relacionamento”.

“É importante que o homem e a mulher cultivem os valores morais e culturais, com vista a proporcionar o surgimento de uma sociedade mais salutar”, realçou.

Globalização como ameaça à verdadeira matriz do namoro

A globalização, que faz recurso às novas tecnologias de informação e comunicação (TIC), é apontada como uma verdadeira ameaça à matriz do namoro, bem como à mudança na forma de relacionamento entre os casais.

Segundo o professor Job Simão, casado há 29 anos, as redes sociais como o WhatsApp, o Facebook e o Tik Tok, acoplado às novelas das redes televisivas internacionais, influenciam negativamente na preservação da matriz de relacionamento, beliscando os valores morais, éticos e culturais.

Neste quadro, a conselheira matrimonial Isabel Matos aponta como factor basilar, para esta ruptura, a falta de convivência e de diálogo entre os progenitores e os filhos, bem como a não transmissão dos valores morais assentes nos hábitos e costumes do povo angolano.

“Quando faltar esta interacção, os filhos vão optar em seguir conselhos da rua ou actos vistos na televisão e nas redes sociais”, sublinhou.

Neste contexto, apelou aos jovens no sentido de terem mais responsabilidade, primando por um relacionamento baseado no amor, na amizade e no respeito mútuo, nesta etapa de preparação para a vida a dois.CPM/MCN/IZ





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