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Tômbwa em 170 anos de existência

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  • Namibe • Domingo, 29 Dezembro de 2024 | 19h54
Baia dos Tigres, município do Tômbwa, província do Namibe
Baia dos Tigres, município do Tômbwa, província do Namibe
Anabela Fritz-ANGOP

Tômbwa - O final de 2024 concidiu com as celebrações dos 170 anos do município do Tômbwa que começa dar a dar sinais claros de estar no “bom caminho” rumo ao desenvolvimento socioeconómico.

Por Anabela do Céu Fritz, jornalista da ANGOP

 A 93 quilómetros a Sul da cidade de Moçâmedes, sede da província do Namíbe, o Tômbwa foi fundado a 8 de Dezembro de 1854, na altura com a designação de "Angra das Aldeias".

Segundo o administrador municipal, Abelardo Lemba, o Tômbwa apresenta hoje sinais de desenvolvimento social e económico em todos os sectores de actividade, desde infra-estruturas e sistema de iluminação pública a áreas como educação, saúde, energia, agricultura, pescas, turismo, desporto e equipamentos de apoio, entre outros.

Foram concluídas várias acções e projectos enquanto outros estão em curso no âmbito do Programa Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) bem como no quadro dos investimentos locais do Governo Provincial do Namibe (GPN), disse.

Em entrevista recentemente concedida à ANGOP por ocasião dos 170 anos de existência do município, Abelardo Lemba enumerou, entre as acções já concluídas, a construção e apetrechamento de salas de aulas e a reabilitação do segundo reservatório de água da vila.

Foi reabilitada a conduta de 100 metros na localidade do Curoca, acompanha da construção de três reservatórios de 25 metros cúbicos nas localidades de Humbe e Mongo e na comuna do Iona, e da reparação de um pequeno sistema de água na comuna do Iona (localidade do Cambeno), disse.

Eis a entrevista na íntegra:

ANGOP:  Senhor administrador, nesta altura que Tômbwa  temos hoje?  

Abelardo Lamba (AL) : O Tômbwa  apresenta sinais de desenvolvimento social  e económico  em todos os sectores de actividade, como infra-estruturas, iluminação pública, educação, saúde, energia, agricultura, pescas, turismo, desporto, equipamentos  de apoio às actividades  económicas e muito mais.

ANGOP : Que acções  estão em curso para o desenvolvimento  do município?

AL : Estão em curso e outros já  conhecidas  e entregues aos beneficiários  (população) várias acções  e projectos  no âmbito do Programa Integrado de Desenvolvimento  Local (PIIM) e outras acções  de âmbito  local do Governo  Provincial  do Namibe (GPN).

Temos como acções concluidas a construção e apetrechamento de duas salas de aulas do bairro Comandante Gika (anexas à escola primariá Dr. António  Agostinho Neto); a reabilitação do segundo reservatório de água e da conduta de 100 metros na localidade do Curoca; a construcao de três  reservatórios  de 25 metros cúbicos na localidade de Humbe e Mongo, na comuna do Iona, a reparação de um pequeno  sistema de água na comuna do Iona (localidade do Cambeno);  a construção de um PT (posto de transformação) para o fornecimento  de energia, a construção de um centro de saúde e  de uma esquadra polidesportiva no bairro 8 de Dezembro;  a construção do mercdo de peixe no municipio, a reparação de dois pequenos sistemas de água  nas localidades do Pinda e Paiva, iluminação pública  e ligações domiciliares no bairro José  Tchidongo, no quilómetros 19, entre outras acções.

Temos ainda outras acções  em curso para a melhoria  da qualidade de vida dos nossos munícipes como, a construção de uma quadra polidesportiva no bairro Cambanda, a construção  de um dique (bacia de retenção de água) no Curoca, a manutenção  e conservação  de duas  escolas, o arranque da segunda fase dos trabalhos de arruamentos num percurso de 4 km,  a segunda fase do projecto de ampliação e reabilitação  da rede de iluminação pública, a  construção  e apetrechamento  de uma cozinha e laboratório no centro de saúde  da povoação  do Curoca, a reabilitação do mercado  do Pinda Paiva, a manutenção  e conservação do jardim do BPC, entre outras acções  que vamos desenvolvendo.

ANGOP: Hoje nota-se um trabalho intenso em relação ás estradas. Em que pé  anda este projecto? Quantos  quilómetros de estrada terá o municipio?

AL : O  município foi beneficiado com 10 km de estradas e passeios  (projecto do GPN) sendo que já  foram concluidos os 10 km previstos na primeira fase e estão em curso os trabalhos  programados para a segunda fase do projecto  (4 km) de estradas e passeios e que contempla também a abertura de novas vias e o reforço de passeios sobretudo no bairro Joao Firmino Tchinanga, para o  melhoramento da mobilidade e segurança de pessoas e bens.

ANGOP: Terá o município nos próximos tempos todas as estradas asfaltadas ou há prioridade para algumas zonas?

AL : Tal como referimos na questão anterior,  a primeira  fase de 10 km permitiu o melhoramento significativo  das vias que anteriormente  estavam totalmente  esburacadas, como também a abertura de mais vias,  possibilitando deste modo o alargamento da cidade. Após  a conclusão  da segunda fase  teremos 100% de estradas asfaltadas, incluindo os respectivos  passeios, com vista a proporcionarmos mais segurança  e mobilidade aos munícipes.

ANGOP : Como foram acautelados os serviços de energia e águas nestas vias?

AL : Tem sido desenvolvido um trabalho de actuação  conjunta mediante a articulação  com a  ENDE e a ESPAN no sentido de se dar o tratamento concertado de todas as equipas e isto tem acontecido durante a execução do projecto por parte da empreitada.

ANGOP: Nota-se que em alguns projectos concluídos abrem-se de novo vias já reparadas e acaba-se por danificar todo o trabalho feito, não é  o caso do Tômbwa?

AL : No caso do Tômbwa  não tem sido recorrente essa prática.  Sabe-se que, nos próximos  anos, veremos o projecto de substituição  da rede de água de fibrocimento (com a segunda fase a ser financiada pelo Banco Mundial). Assim sendo, o projecto acautela a reposição de estradas e passeios que eventualmente serão escavados (destruídos).

ANGOP: Que projectos de água  temos no município? A população ainda clama por estes serviços?

AL: Face ao crescimento da população,  o Executivo e o governo local têm  trabalhado em conjunto para a implementação  de projectos de aumento da capacidade  de produção e distribuição  de água às populações  do casco urbano  e zonas periféricas mais próximas. No que concerne às localidades do Curoca, comuna do Iona, Pinda Paiva, foram implantados pequenos  sistemas  que servem de fonte de abastecimento de água às populações.

ANGOP: Sem energia não há desenvolvimento. Como estamos neste sector à  nível do Tômbwa,  já que a maior parte das unidades pesqueiras dependem deste sector para o seu funcionamento?

AL: Temos uma capacidade instalada de 21.2MW. O consumo máximo não tem passado dos 9.3MW (demanda doméstica  e unidades de produção). Ainda assim, tendo em conta  o desgaste a que as máquinas  estão sujeitas, será necessário  a médio e longo prazos o reforço do sector, quanto ao projecto de reabilitação da linha de 60 KV de Moçâmedes  para o  Tômbwa  a ser efectuado pelo Ministério da Energia  e Águas.

ANGOP: Hoje  o Tômbwa  já  não é  visto como o principal ponto de captura de pescado a nivel do pais. Qual é  o problema?

AL: Se compararmos as capturas da pesca semi-industrial e industrial  de um período  relativamente  curto, pode verificar-se que têm sido  baixas as capturas, se comparadas com capturas registadas há 20 anos. Por exemplo,  as capturas passaram de 4 mil 299,01 toneladas no primeiro trimestre para 32 mil 022,70  toneladas no terceiro trimestre de 2024.

Por outro lado,  a pesca artesanal tem registado  um crescimento  significativo,  servindo de fonte de renda para 23 mil 637 pessaos que dependem  de forma directa  deste subsector (no segundo trimestre as capturas foram de mil 428 toneladas, passando para as 35 mil 710,40 toneladas) .

Entetanto,o grande  desafio do  sector  tem a ver com o controlo e fiscalização de toda a actividade  pesqueira,  no sentido  de se prevenir e autuar todas as práticas  nocivas à conservação  e sustentabilidade  dos recursos marinhos.

ANGOP: Os níveis de captura baixaram nos últimos anos  ou tendem a aumentar?

AL: De acordo  com os dados de captura do sector,  em 2022, as capturas fixaram-se em 18 mil 203,50 toneladas  e, em  2023, passaram para 23 mil 533,20 toneladas. Nota-se que, durante o período  em referência, se registou  uma variação  positiva  de 29 %. Entretanto,  este aumento  está muito  aquém  do hostorial das expectativas  do sector  para alavancar a economia do municipio.

ANGOP : Como tem sido a actividade pesqueira no município,  há organização e controlo de todos os serviços efectuados neste ramo?

AL : Ao município  compete a gestão  e o licenciamento  da pesca artesanal.  Várias acções  têm sido desenvolvidas  em coordenação  com o governo provincial  no que diz respeito  à  construção  e infra-estruturas  que permitem a  organização  e o controlo da actividade  pesqueira, como  o caso do mercado de peixe recentemente inaugurado  pelo governador do Namíbe.  Por outro lado,  em função  da disponibilidade orçamental  e financeira,  outras infra-estruturas  serão  consideradas,  permitindo  assim que efectivamente seja acautelado o funcionamento  da cadeia  de valor deste importante  subsector.

ANGOP: Nesta altura, quantas empresas existem no municipio e que estão em pleno funcionamento?

AL : O sector pesqueiro do município é constituído  por 26 empresas  (dessas três salineiras) e das quais 20 estão em pleno funcionamento.

ANGOP: Que contributo têm dado essas empresas ao municipio, no âmbito das suas responsabilidades sociais?

AL: Nota-se  ainda pouca acção solidária  no que diz respeito  a construção  de equipamentos  sociais.  Entretanto,  algumas  empresas  têm  patrocinado alguns eventos  como o Natal Solidário, actividades desportivas,  nas efemérides e datas comemorativas  e não só.

ANGOP: Fala-se em despedimento de trabalhadores nessas empresas  pesqueiras. Qual é o número de jovens despedidos, nos últimos dois anos?

AL: Sim, ainda temos  registado despedimento  devido às baixas capturas. Durante o período de 2023 a 2024 (até ao mês de Novembro) mais de 500 pessoas foram despedidas.

ANGOP: Nota-se no município o movimento de carrinhas a transportarem quantidades de pescado para outros pontos do pais. Como tem sido o processo de fiscalização?

AL : O processo de  controlo  tem sido efectuado no Posto Fiscal (integrado) do km 50 e nos principais pontos de descarga de pescado.

ANGOP : Existe alguma taxa ou outro emolumento que os transportadores de pescado pagam à administração? Se sim, quanto  deste valor a administração  já arrecadou nos últimos  11 meses do ano em curso?

AL : Os transportadores  de pescado pagam uma taxa no Portal do Municipe, através da emissão  de RUPE (Referência  Única de Pagamento  ao Estado) no valor de 12 mil 750 kwanzas  para cada transportação.  Nos últimos 11 meses, foram arrecadados com a transportação destes serviços mais de sete milhões  de kwanzas.

ANGOP: Durante os últimos 11 meses, quantas embarcações de pesca foram apreendidas e quais  foram as  infracções ?

AL: Foram apreendidas 15 embarcações num total de 100 infracções  tais como documentos  vencidos e marinheiros  sem documentação para se fazerem ao mar, entre outras infracções.

ANGOP: Qual tem sido o destino dado ao pescado apreendido ?

AL : O pescado apreendido tem servido de apoio para instituições como hospital, centros de saúde, cozinhas comunitárias, comando da Polícia,  comando  dos Bombeiros,  e famílias vulneráveis  nas localidades  do Pinda Paiva, na Povoação do Curoca  e na comuna do Iona.

ANGOP: Um dos grandes fenómenos que o município  enfrenta é  a desertificação.  Que projectos estão em curso para que se tenha uma cidade piscatória livre dos avanços  das areias e torná-la mais verde?

AL : O município  não  dispõe  de projectos  novos voltados para o ambiente  ou o combate ao avanço das areias. Porém,  como já se sabe, foi implantada a segunda cortina florestal no sentido de  se conter o avanço  das areias que carece de trabalhos de manutenção  dos equipamentos. A solução para este problema é  alocarmos verbas para que, a nivel local, se possa dar  maior intervenção de forma permanente.

ANGOP: Como tem sido apoiado este projecto para que se mantenha firme e sustentável?

AL : O projecto é uma iniciativa de ONG em parceria  com o Ministério  da Agricultura  através  do Instituto  de Desenvolvolvimento Florestal (IDF). Apesar  dos esforços do IDF no sentido  de garantir a manutenção  do referido  equipamento,  julgamos que seja necessário  o reforço  e mobilização  de verbas para torna-lo mais sustentável.

ANGOP: O IDF tem sido aquele que fornece plantas para o combate à desertificação neste município. Como anda este sector? Existe quadros humanos, recursos, viveiros e outros meios para que futuramente haja verde lindo no municipio?

AL : Sim. Mas não tem sido o suficiente devido as dificuldades  enfrentadas no sector. Existe uma associação no município  de Moçâmedes  que se tem juntado ao projecto  de plantação  de árvores  denominada ACOPAMAD. O sector é  composto por oito funcionários  e existe uma estrutura  completa  de viveiro, que foi vandalizada. Porém, existe uma alternativa de produção  de plantas  num viveiro adaptado nas instalações  do IDF onde se produz para diversas actividades locais.

ANGOP: Com um deserto vasto  e com uma planta rara, a Welwitschia Mirabilis,  o que mais os turistas podem encontrar neste município  em termos turísticos?

AL : Pode-se encontrar mais pontos turísticos,  tais como a lagoa do Arco, as Colinas do Curica, o Miradouro do Mucoti, as dunas  Cor de Rosa, a foz do rio Cune, a praia do Vanessa, a praia das Casuarinas, entre outros pontos.

ANGOP: Quantas zonas turísticas existem e já cadastradas que hoje são controladas pela administração?

AL : Existem 75 pontos cadastrados no município  desde os recursos  turísticos  naturais, históricos monumentais e culturais.  Daí dar nota que o município dispõe  de objectivos e metas e acções  necessárias  para o desenvolvimento  do turísmo na região.

ANGOP: Actualmente já existe alguma taxa de comparticipação  que os turistas possam pagar quando chegam a estes lugares? Se sim, quem faz a gestão destes valores?

AL: Não  existe  ainda um diploma legal específico para a cobrança  de taxa aos turistas. Porém, existem trabalhos e estudos para a elaboração  de diplomas legais  para regulamentar  a actividade.

ANGOP: Como está o município em relação às vias de acesso a estes pontos turísticos?

AL: Existe uma via de acesso  razoável  de terra batida com algumas  trepidações para alguns pontos turísticos (mais próximos como o Arco, Colinas, so para citar alguns), sendo que, para outras zonas mais afastadas da sede municipal, os acessos são mais difíceis com fortes trepidações e outras arenosas.

ANGOP: Como é  controlada a gestão do Parque Nacional do Iona e que beneficios a administração tira desta gestão?

AL : O Parque  Nacional é  conhecido  pela sua flora e fauna únicas,  tais como a planta Welwítschia,  gazelas, rinocerontes negros, onça,  hiena, mabeco, chita, crocodilos, impalas e varias espécies  de zebras e outras,  bem como formações rochosascpeculiares da região.  Portanto,  a rica fauna é  um grande  atractivo turístico  que, se bem explorado, poderá contribuir  de forma significativa para o desenvolvimento local.

O Parque  está sob gestão compartilhada entre o Ministério  do Ambiente  e a African Parks. Um dos benefícios  que a administração  de forma indirecta tem é  a geração de emprego  para a juventude local, bem como informações  concretas  sobre a evolução  e progresso da conservação  e protecção  dos ecossistemas.

ANGOP: Hoje como anda a população  desta zona? Que projectos a administração  tem feito para a melhoria  das condições  de vida destas comunidades?

AL : Como é sabido, a população do Iona tem sofrido pelo fenómeno  natural da seca . No âmbito  do Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza  foram executados trabalhos de reparação  de pequenos sistemas de  água para a prática da agricultura  familiar  bem como a distribuição  de insumos  agrícolas, possibilitando que, de forma gradual, as famílias consigam de forma autónoma  produzir  os seus alimentos  (hortícolas e cereais) e reduzir  de forma gradual o assistencialismo (distribuição de bens alimentares) como se tem assistido no município.

ANGOP: Quais são os povos que habitam na comuna  do Iona?

AL : A população  é  constituída maioritariamente  pelos povos Muimbas como também  por Mucubais, que são povos nómadas  pertencentes  ao grupo etno-linguistico herero, tendo como principal  actividade a criação  de gado.

ANGOP: Que benefícios o município terá  com a construção  da barragem de BAYNES, que ligará esta comuna , ou seja, o município,  com a vizinha República da Namibia?

AL : Dentre os benefícios, podemos citar os mais importantes: Melhoramento no fornecimento de energia eléctrica de 24/24 h, expansão  da rede eléctrica  em diferentes localidades, redução  de custo de combustivel e melhoramento da faixa de cobertura de electrificação.

ANGOP : A seca assolou a região Sul há mais de cinco anos, e o Tômbwa não ficou de fora.  Que acções  estão  em curso para o combate a este fenómeno?

AL : Para o combate à seca estão em curso projectos  de iniciativa central, provincial e local (construção de barragem no vale do rio Curoca, construção de  represas ou diques de retenção de água,  reabilitação de dois reservatórios de água no Curoca, construção  de três reservatórios nas localidades  de Humbi, Mongo e na comuna do Iona.

ANGOP: O Executivo angolano continua a apostar no sector da agricultura  com realce para a  agricultura familiar. Neste capítulo, qual é a situação actual e Quantas famílias estão envolvidas no processo?

AL : A agricultura familiar tem sinais visíveis no município, sendo que mais de 595 familias estão  engajadas nas Escolas de Campo do Projecto SREP e controladas pelo IDA, isto é,  nas localidades  do PindaPaiva e Curoca. Mais de 200 familias engajadas em escolas de campo com parceiros internacionais,  como FRESAN, ADESPOV e World Vision. Ainda asdim, controlamos 27 cooperativas  agrícolas  devidamente legalizadas e uma associação de camponeses que regularmente  recebe apoios em insumos agrícolas do governo  local.

ANGOP: O que o Tômbwa mais produz e que tem ajudado na dieta alimentar das famílias e como tem sido o processo de  escoamento do campo para as zonas de comercialização?

AL : Os produtos agrícolas mais produzidos no municipio são: tomate, cebola, milho, batata-doce e outros. O seu escoamento tem sido feito através de diversos meios e equipamentos  de transporte do campo para as zonas de comércio.

ANGOP : Quais são as dificuldade que o administrador tem encontrado na sua área de jurisdição em termos de governação.

AL : As dificuldades  são várias dentre as quais temos a citar as seguintes insuficiência  de recursos financeiros  par que cada vez mais se possa dar resposta  as necessidades  dos munícipes  ligadas aos sectores da educação,  saúde,  saneamento básico,  água,  iluminação pública, energia,  segurança pública,  fiscalização pesqueira, seca, desertificação,  ctc.

ANGOP : Que perspectivas para o município?

AL: Temos elencado um conjunto de 13 desafios como parte integrante da estratégia de governação local, dos quais passamos a citar apenas alguns: Alargamento da rede escolar e da distribuição de água  e saneamento básico, melhoramehto da eficiência dos serviços de saúde, melhoramento  da segurança pública,  organização da pesca artesanal e sustentabilidade  dos recursos  marinhos,  fomento e potenciação  do turismo,  alargamento da base de arrecadação  de receitas e aumento  de receitas próprias, entre outros.

Perfil ; 

Abelardo Messias Afonso Lemba, de 38 anos de idade, é formado em Engenharia do Ambiente, com pós-graduação em Gestão Autárquica e Modernização.

Foi director dos Registos e Modernização Administrativa do Namibe entre 2018 e 2022, comissário provincial eleitoral de 2011 a 2021 e actualmente administrador municipal do Tômbwa.FA/IZ





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