Lubango - A formação docentes, com vista a dotá-los de ferramentas académicas, científicas e pedagógicas, para identificar problemas, estudá-los e trazer as soluções, é o principal desafio da Universidade Mandume ya Ndemufayo (UMN), que hoje, quarta-feira, assinala 13 anos desde a sua institucionalização.
A UMN tem actualmente sete investigadores, dos quais cinco na Faculdade de Direito, um na Faculdade de Medicina e outro no Instituto Superior Politécnico da Huíla (ISPH).
A “provocação” foi lançada hoje, quarta-feira, no Lubango pelo reitor da UMN, Sebastião António, durante a comemoração dos 13 anos da criação da instituição académica, que decorreu sob o lema “UMN, 13 anos na construção do conhecimento por via da interacção, pluralidade e integração”.
O académico destacou a necessidade de formar mais os docentes da instituição a nível de mestrados e doutoramento para acompanharem melhor os apelos da liderança política do país, no sentido das universidades não transmitirem apenas conhecimentos, mas produzirem por via da investigação científica.
“É uma tarefa que temos estado a experimentar, mas para uma situação de começo a UMN não esta mal, temos estado a fazer parte de trabalhos de investigação científica, cujo financiamento está a cargo de organizações internacionais”, disse.
Referiu que a sociedade convida a academia a sair da ciência e espera que no cumprimento da missão, visão e dos objectivos traçados como instituição do ensino superior desenvolva as actividades com responsabilidades acrescidas.
Ao falar do aniversário da UMN, o reitor afirmou que um dos ganhos foi a criação de institutos e faculdades públicas, produto do redimensionamento da Universidade Agostinho Neto e da expansão do ensino superior em quase todo o território nacional, com as regiões académicas.
Salientou que o aumento exponencial do número de estudantes universitários, a nível da província, constitui outro benefício.
A UMN apesar de ter sido criada em 2009 pelo decreto número 7/09 de 12 de Maio, a data de aniversário da instituição foi definida em 2010 pelo seu primeiro reitor, Viriato Gonçalves.
A data foi oficialmente definida no primeiro Conselho de Direcção da UMN, realizado no dia 19 de Outubro de 2010. Até 2014 faziam parte da UMN, na 6ª Região Académica do país, as províncias da Huíla, Namibe, Cunene e Cuando Cubango.
A UMN integra actualmente as províncias da Huíla e Cunene, e controla cinco unidades orgânicas, destas três faculdades (Direito, Economia e Medicina) e dois institutos superiores politécnicos.
No ano académico 2022/2023, conta com um universo de sete mil e 447 estudantes matriculados, distribuídos em 18 cursos de licenciatura e quatro de pós-graduação, sendo três de mestrados e um de agregação pedagógica, ministrados por 156 docentes.