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EAU pode financiar investigação nas universidades angolanas

     Educação              
  • Huíla • Sexta, 24 Maio de 2024 | 15h37
Visita do embaixador dos EAU, Salem Ali Alshamsi, à UMN
Visita do embaixador dos EAU, Salem Ali Alshamsi, à UMN
Amélia Oliveira - ANGOP

Lubango – A Universidade Mandume Ya Ndemufayo (UMN) manifestou hoje, sexta-feira, nesta cidade, a intenção de cooperar com congéneres dos Emirados Árabes Unidos (EAU), onde quer obter financiamento para projectos de investigação e reforço da capacidade institucional.

Ao falar no final de uma visita do embaixador dos EAU em Angola, Salem Ali Alshamsi, à UMN, o seu reitor, Sebastião António, referiu por ser a primeira visita do diplomata, é um contacto importante e a embaixada poderá servir de ponte para colocar a UMN no caminho da cooperação com as universidades dos EAU.

Declarou ter sido aventada a possibilidade de instituições dos EAU financiarem projectos de investigação científica que se configuram importantes para o desenvolvimento das universidades angolanas.

Sebastião António disse que nas áreas de actuação, com linha de investigação científica definida que carecem de financiamentos, têm no Instituto Superior Politécnico da Huíla, que tem um projecto relacionado com a agricultura inteligente, que agrega elementos de computação e de outros ramos de engenharia.

Já na Faculdade de Medicina, o académico destacou o reforço da capacidade institucional com a formação de recursos humanos, para poder fazer face à carência de docentes nacionais especializados, assim como tem ainda um projecto de formação de monitores, que selecciona os melhores para ingressarem no quadro docente.

Para o Instituto Superior de Ondjiva, Sebastião António, destacou uma iniciativa de aproveitar a existência do canal do Cafu, particularmente com as questões ligadas com os terrenos ligados aos arredores da estrutura para que se tornem produtivos com investigação científica.

O responsável frisou que para a Faculdade de Direito há a preocupação de financiamentos de projectos virados à legislação ambiental e assim contribuir da melhor forma para as questões ligadas à destruição por via da produção de carvão, para atenuar os seus efeitos da sobre o ambiente e das alterações climáticas.

“Temos a Faculdade de Economia que gostariam de desenvolver um estudo sobre as reais potencialidades económicas dos nossos municípios, da Huíla e Cunene, e fazer com que este potencial se transforme em produção para gerar riqueza para as duas províncias e o país”, ressaltou.

ISCED-Huíla quer cooperação para potenciar laboratórios

Para além da UMN, o diplomata fez igualmente visita ao Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED) da Huíla, onde o presidente da instituição, Hélder Bahu, afirmou que em relação às corporações dos EAU a ideia da instituição é de potenciar os laboratórios de geografia, de química, de física e de biologia.

Vivendo num mundo global, a experiência de uns fazem muita das vezes a força de outros, então a disponibilidade dos EAU para visitar a instituição é um ganho relativamente à possibilidade de estreitar relações nas áreas onde têm mais desenvolvimento.

Explicou que os EAU têm experiência a nível da indústria petro-química que, de certa forma, pode melhor a gestão a nível de laboratórios, onde há processos complexos sobre a gestão da água.

Referiu que o ISCED-Huíla tem, também, um também um projecto de ampliação da instituição e é um desafio a superar.

Por sua vez, o embaixador dos EAU em Angola Salem Ali Alshamsi destacou que Angola tem mais condições de estudo, comparando com alguns outros países, pelo que deve investir mais na educação, pois a mesma é o principal pilar para o desenvolvimento.

Frisou que as crianças são o capital humano mais importante de um país, uma aposta a fazer-se desde cedo, tal como aconteceu no seu país em que o seu Governo tinha como prioridade a educação nos seus primeiros anos de independência e actualmente a sua população é maioritariamente formada.

“Depois de visitar as duas instituições de ensino, vamos abrir as portas para a cooperação entre os nossos institutos, universidades e as de Angola para desenvolver mais o sector”, acrescentou.

O embaixador que terminou esta tarde o ciclo de visitas à Huíla, para além da UMN, o ISCED-Huíla, constatou o complexo turístico e desportivo da Nossa Senhora do Monte, o Miradouro da Leba, a Fenda da Tundavala, a fábrica de água “Preciosa”, as instalações da Hiper-máquinas Angola, bem como manteve um jantar com as associações empresariais. EM/MS





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