Talatona – A embaixadora da União Europeia (UE),Rosário Bento Pais, reafirmou, nesta terça-feira, o compromisso do reforço do apoio na formação do capital humano angolano.
O reforço substancia-se em dotar o país de profissionais com capacidades educativas e científicas endógenas que respondam as necessidades existentes e estimulem mais e melhor emprego.
A diplomata, que intervinha no III Workshop sobre Políticas e Práticas de Financiamento Para uma Ciência e Tecnologia Global, Ética, Inovadora e Relevante: Diálogos entre Angola, Moçambique e Portugal, disse que a EU apoia anualmente o ensino superior em Angola, através do programa UNI-Ao e o ensino técnico-profissional, com o programa RETFOP (revitalização do Ensino Técnico e da formação profissional).
Considerou que a Facilidade de Diálogo UE-Angola, enquanto programa que apoia a implementação do acordo Caminho-conjunto em todas as áreas temáticas, tem promovido várias acções na área da educação, formação, ciência e tecnologias.
Por sua vez, a secretária de Estado do Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Alice Almeida e Ceita, considerou que o financiamento na ciência constitui um grande desafio em todo o mundo, principalmente em África, no domínio da ciência comprometida com o avanço do saber.
De acordo com a responsável, o investimento científico desenvolve ainda o crescimento económico, o desenvolvimento humano sustentável e a paz, pressupostos da soberania, segurança e defesa das Nações, bem como o equilíbrio, harmonia e solidariedade mundial.
“ Um financiamento da ciência que seja público, transparente, competitivo e meritocrático, de acordo com as recomendações e boas práticas internacionais, é indispensável ao progresso da ciência, tecnologia e inovação ”, disse.
Já o Chefe da Equipa da Assistência Técnica do Projecto “Facilidade de Diálogo da UE/Angola", Bruno Carapinha, explicou que o projecto visa promover as áreas da energia, boa governação e direitos humanos, ciência e tecnologia e crescimento económico.
Explicou que o projecto inclui um montante de quatro milhões de euros para um período de quatro anos para a execução de vários projectos nas instituições públicas angolanas.
Para o director- geral da FUNDECIT, Mário Frestas, os investimentos que o governo tem feito na área da ciência e tecnologia vai combater a precariedade dos investigadores na execução das suas pesquisas, o que se quer é aumentar e diversificar as fontes de financiamentos na área da ciência.
O workshop realizado pela Fundação para o desenvolvimento científico e tecnologia (Fundecit) tem como objetivo debater e recolher subsídios para melhoria das políticas, estratégias e práticas em matéria de Ciência e Tecnologia, com o foco nos instrumentos de financiamentos.
A FUNDECIT é um órgão superintendido pelo ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, criado ao abrigo do Decreto Presidencial n 178/21 de 16 de junho cuja missão é implementar as políticas de ciência, tecnologia e inovação, além de gerir os meios financeiros do Orçamento Geral do Estado destinados à investigação científica e desenvolvimento. GIZ/MAG