Huambo – A vice-presidente do SINPROF, Hermínia Ferreira do Nascimento, disse hoje, quinta-feira, no Huambo, que a organização sindical vai continuar a influenciar as autoridades para retirar a obrigatoriedade do uso da bata por parte dos professores.
A responsável, que falava na abertura da I Conferência Regional da Mulher e o Sindicalismo, referiu que o Sindicato Nacional de Professores discorda do uso obrigatório da bata pelos docentes do ensino geral.
Segundo a sindicalista, o SINPROF aguarda que esta questão, à semelhança de outras, seja acolhida e tratada como deve ser pelo Governo angolano.
A par desta questão, disse, a organização sindical considera oportuno o pagamento dos subsídios correspondentes aos coordenadores de cursos, disciplina, turno e de classe, para além da divida contraída aos que exercem tais cargos há bastante tempo em todo país.
A responsável destacou a necessidade da revisão pontual do estatuto da carreira dos agentes da educação e a pauta de subsídios que dele fazem parte.
Hermínia Ferreira do Nascimento solicitou, igualmente, a regularização da situação dos professores do regime geral da função pública e o processamento do subsídio de férias em folhas de salário isentas do Imposto Sobre Rendimento do Trabalho (IRT), bem como a reintegração dos representantes sindicais nas comissões de avaliação de desempenho.
Já o director do Gabinete da Educação na província do Huambo, Celestino Piedade Chiquela, referiu que as mulheres, enquanto educadoras e conselheiras por natureza, devem fazer uma reflexão profunda sobre o seu papel na sociedade, nas instituições público/privadas, nos sindicatos e na família, para renovar o seu despenhado social.
Durante dois dias, as sindicalistas das províncias de Benguela, Bié, Cuando Cubango, Cuanza Sul e Huambo vão abordar temas sobre “O perfil da mulher sindicalizada”, “Direito de participação da mulher nas associações à luz da legislação angolana”.
Constam ainda “O papel da mulher sindicalizada como factor mobilizador no SINPROF” e “O sindicalismo como força de emancipação da mulher na sociedade angolana”.
