Huambo – O Sindicato Nacional dos Professores (SINPROF) aprovou, este sábado, em assembleia extraordinária, o início da greve interpolada para a próxima quarta-feira (23), com o objectivo de pressionar o cumprimento das propostas constantes no caderno reivindicativo.
Ao confirmar o facto à imprensa, o secretário do SINPROF na província do Huambo, Abel Maravilhoso José, disse que a greve terá três fases, sendo que a primeira acontece de 23 a 30 do corrente mês.
Segundo o sindicalista, caso não houver qualquer reacção positiva, por do Ministério da Educação, os professores entraram para a segunda fase da greve, marcada para 06 e 15 de Dezembro, enquanto a terceira está prevista para Janeiro de 2023.
Alertou que a medida poderá inviabilizar o início do segundo trimestre em todo subsistema normal de ensino/aprendizagem.
Abel Maravilhoso José disse que o SINPROF apresentou, em 2019, o caderno reivindicativo ao Ministério da Educação, com um total de 11 pontos, com destaque para o pagamento dos subsídios dos professores até 85 por cento, do 13º sem qualquer desconto e a remuneração dos cargos de direcção e chefia.
Constam, igualmente, a redução do Imposto sobre Rendimento de Trabalho (IRT) nos salários dos professores, regulamentação da monodocência, aumento salarial para recuperação do poder de compra, actualização salarial de acordo ao nível académico e do tempo de serviço.
Referiu que, pelo facto da greve ser a última razão de pressão dos trabalhadores, o SINPROF está aberto à negociação com a entidade empregadora, para o cumprimento dos pontos apresentados.
Disse que se tem observado uma letargia da entidade empregadora na resolução das reivindicações pontuais e objectivas dos professores, daí a decisão do sindicato em mobilizar os profissionais a partirem para a greve.
Sob lema “Priorizar a educação e garantir uma Angola próspera e desenvolvida”, participaram da assembleia extraordinária representantes dos 11 municípios da província do Huambo.