Quiçama - A Administração Municipal da Quiçama começou a fornecer merenda escolar, apenas com produtos naturais locais, a 2.600 alunos, numa primeira fase, dos 3.950 previstos, apurou esta terça-feira a ANGOP.
De acordo com o director municipal da Educação da Quiçama, Amadeu Eugénio, o objectivo é alimentar alunos e todas outras crianças ainda sem idade escolar, circunvizinhas das escolas, visando garantir-lhes saúde de qualidade.
Por isso, adoptou-se o sistema de cozinhas comunitárias, em todas as localidade onde haja escolas, por formas a abranger todas crianças que vivem à volta dos estabelecimentos de ensino.
A primeira escola a beneficiar do projecto foi a 7001, na sede municipal, Muxima, sendo que, actualmente, a comuna do Demba Chio também já faz parte do mesmo.
"Vamos continuar a envolver a comunidade para que seja feita a cobertura em todo município da Quiçama", disse o director.
Esta decisão surge a propósito de terem recebido, durante algum tempo, farnel em mau estado de conservação, por sair de Luanda, a quase 200 quilómetros da Quiçama.
Segundo dados que a ANGOP teve acesso, em virtude do município estar desprovido de uma padaria, sobretudo as sandes de queijo e fiambre vindas de Luanda, chegavam estragadas na Quiçama e as crianças ficavam sem alimentação.
Por este facto, a Administração local, por intermédio do Gabinete Municipal da Educação, optou por confeccionar localmente papa de rolão, sopa de feijão, abóbora, entre outros, bem como sumos naturais de múcua, limão, laranja, ou mistura de várias frutas.
O município tem 17 escolas das quais três beneficiam da fase inicial do projecto merenda escolar com produtos do campo.
Para o director, esta acção tem várias vantagens, tais como boa nutrição, pontualidade, assiduidade, motivação, melhor aproveitamento escolar e acima de tudo o bem estar dos alunos. AJQ