Talatona- A consultora especialista em gênero, Elsa Rodrigues, disse nesta segunda-feira, em Luanda, que apenas 24 por cento das mulheres estão presentes a nível da pós-graduação contra os 46 por cento na graduação.
Segundo a especialista , que fazia apresentação dos principais resultados do Estudo Diagnóstico e do Plano de Acção Para a Inclusão e Acesso a Formação Pós-Graduada, referenciou que quase 50 por cento dos estudantes graduados são mulheres, conforme dados do MESCTI de 2019.
Conforme a especialista, o estudo também revelou existir uma fraca presença de mulheres em cargos de poder formal, de autoridade e de alto estatuto.
Apontou que as limitações das mulheres nas pós-graduaçõessão factores de ordem financeira, cultural, social, poder central no homem, instituições masculinizadas, dificuldades de conciliar a vida profissional e pessoal.
Para si, em relação a violência do gênero, a cultura de silêncio a nível da sociedade, visto ainda como um problema pessoal, familiar e que não é assumido como um problema.
“Este silêncio é um grande limitante para o desenvolvimento e para a progressão das mulheres no ensino superior”, disse.
Acrescentou que para se inverter o quadro deve se trabalhar nas instituições com planos de igualdade e códigos de ética que combatam o estereótipo do gênero.
“Deve haver um código de conduta porque temos que conhecer as normas e como devem ser o nosso comportamento em relação a ética que poderia ser uma prevenção de violência ao assédio sexual e moral” , salientou.
O Workshop que reuniu a ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI), Maria do Rosario Braganca, a coordenadora do Programa UNI.AO, Miriam Bacchin, enquadrou-se no âmbito do Programa UNI-Ao, de apoio ao Ensino Superior em Angola e na sequência da realização do estudo-diagnóstico sobre a inclusão e acesso a formação pós-graduada mais sensível ao género e grupos vulneráveis, co – organizado pelo MESCTI e Agência de Cooperacao Tecnica Expertise France, no ambito do Programa de Apoio ao Ensino Superior em Angola (UNI-AO).
A UNI-AO é um programa de cooperação desenvolvido entre a UE e o governo angolano visando apoiar o ensino superior angolano.
O programa tem uma duração de cinco anos (2019-2024) e é implementado emregime de cooperação delegada pela agência expertise france. Giz/JCB