Luanda – O Governo prevê colocar, dentro de dois meses, à consulta pública a nova estratégia de biocombustíveis do país, para substituir a de 2009.
Este facto foi avançado, esta sexta-feira, em Luanda, pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, quando à imprensa, à margem do workshop sobre a “Contribuição do sector dos biocombustíveis na agricultura”, promovido pela Agência Nacional de Petróleo Gás e Biocombustíveis (ANPG).
Sublinhou que, nesta altura, estão a ser recolhidas experiências de outros países e de Angola, para actividade económica relacionada com este sector, visando melhorar a articulação da nova estratégia.
Adiantou que estão a ser desenvolvidas acções pela ANPG, enquanto regulador, no sentido de se criar condições para diversificação da economia e melhorar o alinhamento à transição energética.
Referiu que a estratégia vai permitir desenvolver um instrumento de trabalho que será útil para todos aqueles que querem intervir nessa esfera económica, permitindo, a posterior, elaborar a Lei sobre os Biocombustíveis e facilitar todos aqueles que querem investir neste sector, tornando Angola líder no desenvolvimento de biocombustíveis na Região Austral.
Por seu turno, o administrador executivo da ANPG, Artur Custódio, realçou o facto de o executivo pensar em incluir o novo sector (biocombustíveis) sob tutela do MIREMPET, porque, na actualidade, os grandes investimentos nas tecnologias têm sido feitos pelas grandes empresas petrolíferas.
Realçou que a Agência tem trabalhado com as multinacionais para identificar as oportunidades e implementar ou alavancar os bioscombustíveis em Angola.
Referiu que, actualmente, o país conta com o apoio da Alemanha, França, Itália, do Brasil, entre outros que pretendem colaborar com Angola nesse sector, apoiando com tecnologia e conhecimento.
O workshop sobre a Contribuição do sector dos biocombustíveis na agricultura foi realizado pela ANPG e está alinhado com o quinto objectivo estratégico, que visa assegurar a descarbonização das operações petrolíferas e impulsionar as acções para o desenvolvimento das energias renováveis.
0A iniciativa visou promover um diálogo aprofundado sobre as oportunidades e desafios associados ao desenvolvimento do sector dos biocombustíveis em Angola.
Ao longo do evento foram destacados os benefícios para as populações que impulsionam a produção local, tendo em conta as vastas extensões de terras para agricultura, recursos hídricos e clima favorável existente no país. HM/QCB