Luanda – A ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira, considerou, esta terça-feira, em Menongue (Cuando Cubango), imperioso se redobrar os esforços para o controlo e combate à Covid-19.
Segundo a ministra, que falava na abertura do ano lectivo 2021/2022, para além dos constrangimentos relacionados com o calendário escolar e a programação das aulas, a pandemia causou dificuldades acrescidas no que respeita à conclusão dos programas curriculares, nos vários níveis de ensino.
“A partir de agora, não podemos descurar as regras de higiene e de bio-segurança, que o novo coronavírus nos obrigou a reforçar. Devemos incentivar a adesão massiva ao programa de vacinação contra o coranavírus, bem como o cumprimento das recomendações das autoridades sanitárias, para que tenhamos um ano lectivo com mais saúde e bem-estar", disse.
Conforme a ministra, a escola teve adaptar a sua dinâmica e a gestão do processo de ensino para a prossecução da sua missão social.
Carolina Cerqueira destacou, entre outras acções, a concepção e difusão de tele e rádio aulas através de uma parceria com a TPA e RNA com vista a minimizar os impactos negativos da paralisação do ano lectivo, a formação de 794 técnicos do sector em matérias relacionadas com a biossegurança, a produção artesanal de sabão, detergentes e desinfectantes.
A ministra apontou ainda a formação de 1.173 professores em metodologias do ensino aberto e à distância, a distribuição gratuita de água e a material de biossegurança bem como apoio em alimentos, vacinação prioritária dos professores e pessoal auxiliar das escolas a nível de todo o país.
O ano lectivo 2020/2021, de acordo com a governante, forçou o Executivo a adoptar medidas excepcionais para que o direito à educação de milhões de crianças e jovens não fosse posto em causa.
A ministra ressaltou o empenho e trabalho abnegado de todos os agentes da educação, assim como a serenidade e a confiança das famílias, pelo seu apoio, firmeza e resiliência, num ambiente completamente adverso, que dividiu as opiniões dos diferentes actores sociais entre anular o ano lectivo e garantir a sua continuidade, apesar do cenário de crise e inúmeras incertezas devido à Covid-19.
A governante manifestou satisfação pela redução da taxa de abandono escolar de 5 por cento face a taxa de 10 por cento registada em 2017.
Para fazer face ao elevado número de abandono escolar que ainda se regista, o Executivo, disse, tem dado a merecida resposta, no âmbito das políticas de gestão demográfica, associadas ao Plano de Desenvolvimento Nacional.
Em execução, avançou, estão os projectos escolas de referência, que visa garantir a excelência formativa dos alunos, com a criação de condições técnicas, humanas e orçamentais para garantir um ensino com mais rigor, o projecto aprendizagem para todos, que visa o empoderamento da jovem mulher através do combate à evasão escolar, educação sexual reprodutiva e outras acções para a equidade no género.
Apontou ainda o plano nacional de leitura, que visa a melhoria do ensino da Língua Portuguesa e da sua utilização oral e escrita, o projecto todos unidos pela primeira infância que visa a educação pré- escolar e promover o desenvolvimento integral das crianças desde o nascimento até aos 6 anos de idade, e o plano de recuperação das aprendizagens que tem como objectivo a recuperação e reforço dos conteúdos essenciais das diferentes disciplinas curriculares cujos programas foram afectados pelos constrangimentos causados pela pandemia.
Adiantou que, para além dos constrangimentos relacionados com o calendário escolar e a programação das aulas, a pandemia causou, igualmente, dificuldades acrescidas no que respeita à conclusão dos programas curriculares, nos vários níveis de ensino.
Em 2021, o sector contou com 10 mil novos professores, resultado do concurso público de ingresso, realizado em 2019.
Dados disponíveis indicam que, no ano lectivo, o sistema contou com mais de 10 milhões de estudantes matriculados, 3.120.000 dos quais entraram pela primeira vez no sistema de ensino e aprendizagem.
O processo contou com 167.032 salas de aula e 210.674 mil professores.