Luanda - A ministra da educação, Luísa Grilo, reiterou hoje, sexta-feira, a importância da escola que se quer inclusiva e humanizadora, sendo urgente remover tabus e barreiras das crianças e jovens.
Falando no encerramento da 2ª Conferência do Ciclo Educar para a Cidadania no tema “Por uma escola inclusiva: Intervenção ao nível da dislexia, da sobreposição e do autismo”, destacou a escola como um lugar capaz de romper o ciclo vicioso tradicional para se abrir a complexidade, diversidade e natureza das crianças e jovens.
A escola inclusiva obriga a diferenciação curricular , a flexibilização de estratégias que proporcionem o desenvolvimento integral e harmonioso de todos os alunos, de acordo com as suas características pessoais e necessidades individuais.
Para que todo esse trabalho possível apelou a parceria e colaboração activa e interessada de todos os actores sociais, destacando-se a família, cujo papel afectivo e estímulos enriquecem a vida da criança, facilitando a sua inclusão e sucesso escolar.
Manifestou a abertura e disponibilidade do ministério da educação em acolher, dentro das suas responsabilidades, todas as recomendações e sugestões saídas da conferência para melhorar o atendimento aos alunos com necessidades especiais “sem deixar ninguém para trás”.
A conferência, que contou também com a colaboração do Instituto de Serviço Social de Luanda e do Gabinete de Quadros do Presidente da República, realizou-se em três painéis, e contou com a participação de reconhecidos especialistas angolanos, portugueses e brasileiros.
Este encontrou realiza-se na sequência da 1ª Conferência do Ciclo Educar para a Cidadania: "O contributo do Assistente Social, do Educador Social e do Educador de Infância para a Cidadania, Equidade e Qualidade de Ensino”, realizada em Novembro de 2019, e dos três webinars preparatórios dos meses de Maio, Junho e Julho de 2021.
O evento destinou-se a todos os profissionais que intervêm ou podem intervir, directa ou indirectamente, na inclusão das crianças e jovens com Necessidades Educativas Especiais (NEE): educadores da 1ª infância, profissionais de saúde, psicólogos, sociólogos, educadores sociais, investigadores e famílias com interesse nestas matérias.
Pretendeu-se, com esta conferência, fomentar a troca de experiências entre especialistas e identificar as áreas cruciais para o estabelecimento de uma cooperação entre as instituições de ensino de Angola, Portugal e Brasil e os profissionais que actuam nestas áreas.