Luau – Cerca de 100 mil crianças são estimadas que podem ficar fora do sistema de ensino na província do Moxico, durante o ano lectivo 2024/2025, devido à carência de mais de mil 300 salas de aula, apurou esta quarta-feira a ANGOP.
Nos últimos anos, o número de crianças que ficam de fora da rede escolar tem variado entre 12 a 16 mil petizes, anualmente, por conta do défice de salas de aulas colocadas à disposição do Gabinete Provincial da Educação.
Este facto foi confirmado à imprensa pelo director do gabinete provincial da Educação, no Moxico, Valeriano Chimo, que previu que a cifra de crianças nesta condição poderá ultrapassar a barreira de 88 mil registada no ano lectivo anterior (2023/2024).
A margem do I Fórum Provincial de avaliação da qualidade das aprendizagens no sector, que decorre no município do Luau, reiterou que a província carece “urgentemente” de mil 363 novas salas de aulas, equivalente a 98 escolas T14, para acolher maior número de crianças.
Lembrou que a província conta, actualmente, com 238 escolas, perfazendo três mil 802 salas de aulas, número que considera “ínfimo”, face à elevada quantidade de crianças que atinge a idade escolar.
Na ocasião, Valeriano Chimo Cassauié apelou para maior aposta na construção de mais escolas, principalmente do ensino primário e creches para reduzir esse fenómeno e garantir níveis de aprendizagem aos menores.
Relativamente ao fórum, disse que se pretende abordar, durante dois dias, questões práticas e técnicas para a melhoria da gestão das escolas e outros sectores, com o intuito de se elevar a qualidade da aprendizagem dos alunos.
No discurso de abertura, o vice-governador para o sector Político, Económico e Social, Victor da Silva, reiterou a preocupação da gestão das escolas, considerando um tema urgente e fundamental que deve ser discutido e aprofundado.
O encontro reúne 250 gestores escolares dos nove municípios que compõem a província do Moxico, que prevê discussões sobre os relatórios anuais dos gabinetes municipais, sistema de avaliação e plano de melhoria das aprendizagens, bem como o novo modelo de docência da 5ª e 6° classes.
As actividades docentes-educativas do ensino geral, para o ano lectivo 2024/2025, iniciam a dois de Setembro, de acordo com o calendário publicado em Diário da República, I Série nº 150, de sete de Agosto.
Segundo o documento, o calendário é aplicável, de forma obrigatória, às instituições de educação pré-escolar, do ensino primário e secundário público, público-privadas e privadas legalmente no país.
O ano lectivo 2024/2025 no ensino geral compreende 48 semanas escolares, sendo 41 lectivas, equivalentes a 195 dias de aulas e nove de feriados nacionais e pontes, e deve terminar a 31 de Julho de 2025. LTY/TC/YD