Talatona - A ministra do Ensino Superior Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI), Maria do Rosário Bragança, afirmou, esta segunda-feira, existir disparidades de género no acesso à educação e ao ensino superior.
De acordo com a ministra, que interveio na abertura do Seminário sobre Apresentação e Discussao da Proposta de Plano de Acção para a Inclusão e Acesso a formação Pos-Graduacao mais sensível ao Género, a evidência da disparidade de gênero impacta negativamente no acesso das mulheres a cargos de gestão do topo das instituições de ensino superior e de investigação e desenvolvimento.
Considerou que " a inclusão e empoderamento das meninas e das mulheres no ensino superior deve ser o maior comprometimento conjunto e o executivo assume como uma das suas tarefas fundamentais, não só para garantir o direito a igualmente mas também assumir a sua promoção e está empenhado na formulação de políticas públicas adequadas e de um quadro referencial para a formulação e implementação de acções específicas.“
Empoderar as mulheres significa, portanto, empoderar a sociedade como um todo mais eficaz.
Por sua vez, a representante da União Europeia (UE) em Angola, Isabel Emerson , referiu que a UE está a trabalhar juntamente com o governo e a sociedade civil angolana em áreas prioritárias, nomeadamente, na luta contra a violência baseada no género, protecção da saúde sexual e reprodutiva.
O apoio da autonomização econômica das mulheres através da formalização da actividade formal, apoio ao empreendedorismo, em particular a formação profissional, com a vista a enaltecer o empreendedorismo feminino, constam igualmente do trabalho da UE.
Por sua vez, a coordenadora do Programa UNI.AO, Miriam Bacchin, salientou que os desequilíbrios entre homens e mulheres é notável na pós-graduação, com participação reduzidadas mulheres e desequilíbrios na actividade de docência.
Apontou as barreiras econômicas, logísticas, sociais e culturais, como causa desses desequilíbrios.
O Workshop enquadrou-se no Programa UNI-AO, de apoio ao Ensino Superior, em Angola e na sequência da realização do estudo-diagnóstico sobre a inclusão e acesso a formação, pós-graduada, mais sensível ao género e grupos vulneráveis.
O evento foi Co–organizado pelo MESCTI e Agência de Cooperação Técnica Expertise France, no âmbito do Programa de Apoio ao Ensino Superior, em Angola (UNI-AO).
A UNI-AO é um programa de cooperação, desenvolvido entre a UE e o governo angolano, visando apoiar o ensino superior angolano.
O programa tem uma duração de cinco anos (2019-2024) e é implementado em regime de cooperação, delegada pela agência expertise france.Giz /JCB