Luanda – O Ministério da Educação (MED) reiterou, esta quarta-feira, que o Governo está a trabalhar para satisfazer as reivindicações da classe docente do país.
O Ministério reagiu, por meio de uma nota, à greve iniciada hoje, quarta-feira (23), pelo Sindicato Nacional dos Professores (SINPROF), que, entre outros pontos, reclama melhorias salariais e condições de trabalho.
No documento, o sector sublinha que sete dos dez pontos do caderno reivindicativo, constantes no no memorando assinado em 24 de Abril de 2021, estão resolvidos, evocando-se apenas três como motivo para a greve nacional nas escolas públicas não universitárias.
A monodocência, a merenda escolar e as promoções ou actualizações das categorias estão a ser solucionadas.
"A alteração da monodocência tem implicações de ordem científica, pedagógica e financeira, questão que tem sido tratada com o Bureau Internacional da Educação da Unesco", esclarece.
Já a merenda, adianta, está enquadrada no programa de combate a pobreza, estando o MED a trabalhar com os demais departamentos ministeriais, para projectar um orçamento diferenciado, em função do número de escolas e de alunos.
Quanto ao quesito da dignificação do professor pela valorização do tempo de serviço, já foram promovidos os que reuniam os requisitos, estando em curso a última fase, que será concluída em Janeiro de 2023 conforme o cronograma elaborado a luz do memorando.
Nesta senda, o MED apela ao bom senso, para que prevaleça o espírito de diálogo.
O SINPROF defende a paralisação das aulas em três fases, sendo a primeira de 23 a 30 de Novembro de 2022, a segunda de 6 a 16 de Dezembro do mesmo ano e a última de 3 a 31 de Janeiro de 2023.
De acordo com o presidente do Sindicato, Guilherme Silva, a deflagração da greve deve-se ao não cumprimento, pelo Executivo, de alguns pontos constantes do caderno reinvindicativo.
A ANGOP efectuou uma ronda por algumas escolas da cidade capital (Luanda) e constatou a paralisação das aulas.
Na escola primária da Liga Africana as salas de aula estão fechadas, na escola do I e II ciclo, Ngola Nzinga, os alunos foram mandados de volta para casa, cenário verificado em diversas escolas do mesmo nível do ensino geral.