Luanda – A ministra da Educação, Luísa Grilo, manifestou, esta segunda-feira, em Luanda, o interesse de Angola em beneficiar de acções concretas e programas específicos das organizações internacionais especializadas na área, bem como maior cooperação entre os países de língua oficial portuguesa, para futuros projectos de emergência.
Ao discursar na abertura do Fórum Internacional da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) sobre Cooperação em Matéria de Educação, a ministra destacou o apoio concreto ao Plano de Acção e a participação efectiva por via de programas ou de projectos ligados aos eixos estratégicos.
O Plano Estratégico de Cooperação em Educação vigente constitui, para os Estados-Membros, a manifestação de um engajamento fundamental de cooperação no sector da educação, servindo, deste modo, de instrumento integrado de sinergia e de diálogo multilateral para responder aos interesses e prioridades dos Estados.
Entre os eixos do plano consta a alfabetização, alimentação escolar, estatística da educação, ensino técnico profissional, promoção da língua portuguesa, entre outros.
Segundo a ministra, os desafios ligados a pandemia da Covid-19, HIV/SIDA, o terrorismo transacional, as crises económicas e financeiras, bem como os conflitos armados não podem ser geridos pelos Estados de forma isolada, requerendo cooperação entre governos e um número crescente de actores não estatais.
“Estamos convictos de que os desafios globais acima referidos também se vencem com uma aposta séria na educação como principal arma libertadora e de desenvolvimento. É com esta visão que os Estados-Membros da CPLP aprovaram em Díli, no dia 17 de Abril de 2015, o Plano Estratégico de Cooperação Multilateral no Domínio da Educação da CPLP (2015-2020)”, referiu.
Luísa Grilo considerou o Fórum como um espaço para reflexão e consolidação dos mecanismos através dos quais os Estados-Membros da organização, por via dos respectivos agentes para ter maior acesso às oportunidades de intercâmbio disponíveis a nível das organizações internacionais especializadas em educação e promoção do desenvolvimento sustentável.
Por seu turno, o ponto focal da educação de Angola para CPLP, Aldo Sambo, explicou que Angola, enquanto presidente em exercício da CPLP, tem a ministra da Educação como coordenadora, com orientação de promover maior proximidade da CPLP e com organizações internacionais especializadas em matéria de educação.
O também consultor da ministra da Educação anunciou o acordo entre a CPLP e o Bureau da UNESCO, por formas a fortalecer as capacidades internas dos Estados-Membros, com a formação de especialistas de desenvolvimento curriculares, preparando-lhes para eventuais emergências.
O projecto, disse, já foi discutido, será alvo de aprovação na XII Reunião do Ministros da Educação da CPLP, a ter lugar na quarta-feira (31).
O forúm resulta de uma orientação dos ministros da Educação da CPLP, emanada por ocasião da sua II Reunião Extraordinária, a qual mandataram os pontos focais da educação para encontros técnicos com organismos internacionais, parceiros da CPLP, em articulação com o Secretariado Executivo da comunidade, a Agência das Nações Unidas para Educação Ciência e Cultura (UNESCO), Banco Mundial, entre outras instituições.
Sob o lema “Cooperação Multilateral, Caminho Seguro para uma Educação Transformacional na CPLP”, o encontro reuniu membros da comunidade, representantes de organizações internacionais, das Nações Unidas, entre outros convidados. ML/VIC