Luanda – As provas de admissão do concurso público da Educação realizadas em Novembro último, na província do Cuanza-Norte, foram anuladas devido ao registo de diversas irregularidades no processo, anunciou esta quarta-feira, em Luanda, a ministra Luísa Grilo.
Segundo a titular da pasta da Educação, há o registo de actos de corrupção, adulteração de resultados e classificações e atribuição de notas em mais de 200 processos, dos 353 apurados para os diferentes níveis de ensino.
Em conferência de imprensa, a governante explicou que esta medida resulta de denúncias feitas pelos candidatos e outros membros da sociedade, sendo que, “depois de apurada a veracidade e constatadas as irregularidades, decidiu-se pela anulação das provas do concurso”.
Segundo a ministra, com anulação das provas, o passo subsequente será afixação das listas dos mais de sete mil inscritos para a realização de um novo teste no dia 26 do corrente mês.
Luísa Grilo garantiu a conclusão do processo de admissão até ao mês de Março, apesar do constrangimento registado na província do Cuanza-Norte.
A ministra aventou a responsabilização civil e criminal dos cidadãos envolvidos nestas acções.
Quanto a necessidade de professores, a governante revelou que o sector vai precisar de 50 mil, a medida em que entrarem em funcionamento novas escolas.
Na ocasião, a ministra enalteceu o empenho das outras províncias, em particular de Luanda, esta última que alberga um maior número de candidatos, pela organização, lisura e transparência no processo.
“A nível do país estamos satisfeitos. As provas correram com normalidade e tudo indica que, no final deste mês, estaremos em condições de assinar os contratos e provimento dos docentes”, realçou Luísa Grilo.
O Ministério da Educação já anulou as provas das províncias do Bengo, em 2019, e do Cuando Cubango, em 2021, por registo de irregularidades. MGM/OHA