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Manuais escolares serão entregues até ao segundo trimestre

     Educação              
  • Luanda • Segunda, 28 Outubro de 2024 | 19h29
Manuais escolares (Arquivo)
Manuais escolares (Arquivo)
Lino Guimarães

Luanda - O processo de distribuição de manuais escolares, aos alunos das distintas escolas do país, estará concluído no início do segundo trimestre do ano lectivo 2024 - 2025, anunciou o consultor do Ministério da Educação, Gabriel Boaventura.

Ao apresentar a Mensagem sobre o Estado da Nação, na sessão de abertura do Ano Parlamentar, no dia 15 do corrente mês, o Presidente da República, João Lourenço, revelou que, para o presente ano lectivo, foram adquiridos cerca de 41 milhões e oitocentos mil manuais que serão disponibilizados gratuitamente aos alunos.

João Lourenço revelou ainda que para além das 12.547 escolas existentes, houve um acréscimo, no presente ano lectivo, de oitenta novas escolas, representando mais de 729 salas de aulas.  

Em declarações à ANGOP a propósito da distribuição dos livros, o consultor do secretário de Estado para Educação Pré-Escolar, Gabriel Boaventura, referiu que está em marcha o processo de distribuição dos manuais pelas 18 províncias do país.

Conforme o responsável, depois desta fase, as delegações provinciais vão fazer chegar os manuais as escolas e, posteriormente, aos alunos do ensino geral.

Gabriel Boaventura disse que a distribuição do material de apoio vai abranger também às zonas recônditas.

O presente ano lectivo conta com mais 237.689 alunos comparativamente ao ano anterior, elevando o número de alunos matriculados no ensino geral para nove milhões e duzentos e cinquenta e três mil setecentos e treze (9.253.713), tendo estado disponíveis, para a iniciação e a 1ª classe, um total de um milhão e seiscentas mil (1.600.000) vagas para ingresso pela primeira vez.

As aulas do presente ano lectivo iniciaram no dia 2 de Setembro. No ano lectivo 2023 - 2024, o país contou com 204.703 professores, tendo sido contratados, nesse período, 8.653 professores, maioritariamente jovens.  

 

Aquisição informal de manuais

 

Numa ronda aos mercados informais do Asa Branca, do Zango, do São Paulo, do Kicolo e dos Kwanzas, constata-se a comercialização de manuais escolares, apesar da sua proibição de venda.

As vendedoras ambulantes, vulgo zungueiras, também comercializam estes livros pelas ruas de Luanda.

A propósito, a vendedora Maria da Conceição realçou que além de ser uma fonte de renda para ela e sua família, a venda deste material tem como finalidade ajudar os encarregados que vêem os mercados paralelos como uma alternativa para salvaguardar o interesse pelo bem-estar e aprendizado dos educandos.

Entretanto, a mesma está consciente da proibição comercial dos manuais.

"Minha irmã, a vida está difícil para todos, os pais precisam que os seus filhos tiram boas notas e aprendem, e nós precisamos do dinheiro para sustentar as famílias”, explicou Adelina Mateus, uma comerciante de 45 anos de idade e mãe de 8 filhos.

 

Posição do Estado sobre manuais

 

Durante a Mensagem sobre o Estado da Nação, o Presidente João Lourenço apelou aos vários agentes a observância rigorosa dos planos de distribuição, para que as crianças recebam efectivamente, e em tempo útil, os seus manuais escolares.

“Não podemos continuar a aceitar e a permitir que manuais escolares estejam a ser comercializados nos mercados, quando deviam ser gratuitamente distribuídos aos alunos”, afirmou na altura.  

Nesta senda, o Ministério da Educação reiterou a proibição da venda dos manuais escolares, tendo exortado às autoridades policiais, e não só, a combaterem esta prática de forma rigorosa.

 

Encarregados de educação

 

Os pais e encarregados de educação congratularam-se pela distribuição gratuita dos manuais escolares, assim como pela proibição da sua comercialização.

Para Emília Damião, mãe de cinco filhos e moradora do bairro da Sapu, em Luanda, a iniciativa é boa, louvável e, por isso, recomendou ao Ministério da Educação no sentido de criar condições para a entrega dos manuais nos primeiros dias de aulas, de modos a possibilitar um acompanhamento integral.

Corroborando da ideia, Domingas Manuel, moradora do bairro do Camama, considera uma mais-valia esta acção do Executivo, tendo em conta a situação financeira de algumas famílias. “Vamos dar graças a Deus. É uma boa iniciativa”.

Já Paciência David, outro encarregado, disse que aguarda com bastante expectativa a entrega dos manuais aos alunos, assim como o programa de expansão da merenda escolar.

Pedro do Rosário, funcionário público e encarregado de quatro alunos do ensino primário, viu-se obrigado a comprar os livros para facilitar o processo de aprendizagem dos seus filhos, tendo em conta as provas do primeiro trimestre.

"A educação é a base do desenvolvimento para qualquer sociedade, mas para tal precisa de ser coesa”, salientou o encarregado.

Na mesma senda, Mateus Daniel Koeji, encarregado e funcionário público, manifestou-se favorável a posição do Estado de garantir manuais, uma vez que os livros abrem portas para o desenvolvimento dos alunos.

Em Angola, as aulas arrancaram no dia 2 de Setembro e vão terminar no dia 31 de Julho de 2025. O calendário escolar abrange 48 semanas, 41 das quais de actividades lectivas.

O ano lectivo 2024 – 2025 foi aberto oficialmente no dia 30 de Agosto. JAM/MEL/OHA





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