Bentiaba - Quatrocentos e 47 reclusos na Cadeia do Bentiaba, município de Moçâmedes (Namibe), estão matriculados para frequentarem o ano lectivo 2024/2025, nos sistemas de Método Sim eu Posso, Modulo e o Ensino Pré-Universitario.
Ao falar à ANGOP a propósito, nesta sexta-feira, o director da instituição, superintendente prisional chefe, Isaías Cassule, considerou que a aplicação de políticas de ensino no serviço penitenciário visa transformar os beneficiários com vista a sua reintegração na sociedade.
Esta aplicação de políticas de ensino, segundo o oficial penitenciário, não apenas ajudará os reclusos a tornarem cidadãos mais produtivos, mas também reduz a probabilidade de reincidência criminal.
O responsável ressaltou o grande objectivo de inserção de mais reclusos na escolarização, mas por escassez de salas de aulas e material didáctico tem-se registado algumas dificuldades nesse processo.
“Os serviços penitenciários do Namíbe carecem de 26 salas de aulas para a inserção de mais reclusos para o sistema de ensino, pois a insuficiência de escolas está a dificultar o processo de escolarização da populaça penal”, lamentou.
Isaías Cassule manifestou também a necessidade de se reforçar os materiais didácticos, para impulsionar o ensino e aprendizagem dos reclusos.
Assim sendo, os serviços penitenciários na província necessitam de mais três escolas, sendo uma com quatro salas para estabelecimento penitenciário de Moçâmedes-, outra com duas salas no campo de produção do Munhino, município da Bibala e uma com duas salas uma biblioteca no Bentiaba.
O estabelecimento penitenciário do Bentiaba matriculou no ano transacto 346 reclusos, dos quais 126 aprovaram, representando 36, 42 % de aproveitamento, 41 reprovaram, representando 11,85% de fracasso e 179 interromperam as aulas por conclusões das penas e por falta de material didáctico, representando 51,73% de desistência. FA/SEC