Dundo – O professor universitário Jorge Dias Veloso afirmou, quinta-feira, no Dundo, província da Lunda Norte, que o Sona possui um valor intelectual e cultural inquestionável, reconhecido na comunidade científica e académica.
Considerou o reconhecimento do Sona à Património Cultural Imaterial Nacional um acto que visa perpetuar a memória colectiva e, consequentemente, preservar a cultura angolana.
Em declarações à ANGOP, à margem da cerimónia da apresentação da Declaração da elevação do Sona a Património Cultural Imaterial Nacional, o docente afirmou que o acto pode motivar os estudiosos a dedicarem-se à investigação, para trazer ao conhecimento da comunidade factos que ocorreram e acontecem na humanidade.
“O que nos levou a impulsionar é por ter um valor intelectual e cultural importante, muito reconhecido na comunidade científica internacional. O Sona já deu lugar a muitas publicações pelo mundo e reconhecido, mesmo fora do âmbito científico, o valor cultural desta região de Angola” sustentou.
Ao investigador científico é reconhecido mérito por ser o mentor da iniciativa do debate do Sona, na comunidade académica nacional, que levou o reconhecimento do trabalho colectivo, do qual teve sua participação efectiva com dedicação e empenho.
Jorge Veloso é responsável e mentor da iniciativa da abordagem do Sona na primeira Conferência Internacional sobre Educação Matemática, promovida em Julho de 2019 pela extinta Escola Superior Pedagógica, onde foi decano, ligada a Universidade Lueji ´A Nkonde (ULAN).
Por outro lado, anunciou a publicação este ano de uma coletânea das actas da Primeira Conferência Internacional sobre Educação Matemática em Angola, com o objectivo de recolher contribuições de investigadores nacionais e de Moçambique, Estados Unidos, Brasil, Cuba, África do Sul e Portugal.
O acto serviu igualmente para apresentação da sua obra titulada “Aprendizagem do cálculo para economistas - Caracterização de conceitos matemáticos no nível superior”, bem como “Didáctica, Educação Especial numa Perspectiva de Inclusão,” de Domingos Maiato.