Cuito - O presidente do Instituto Superior Politécnico Ndunduma (ISPN), da província do Bié, António Eduardo, defendeu hoje, quinta-feira, a necessidade das instituições de ensino superior do país desenvolverem mais a perspectiva da extensão universitária virada para o desenvolvimento comunitário.
O responsável discursava na abertura do I simpósio dessa instituição, que decorre sob o tema central: “Ciência, cultura e desenvolvimento sustentável das comunidades para as academias”.
Na sua visão, o desenvolvimento das comunidades enquadra-se no terceiro pilar das instituições universitárias, que tem que ver com a extensão universitária.
Por isso, considerou necessário que Angola desenvolver mais esta perspectiva, para que as academias contribuam, activamente, no processo de desenvolvimento socioeconómico e sustentável das comunidades, sob pena de olharem apenas para as mesmas, simplesmente, como objecto de estudo e nada farão para se desenvolverem.
“As universidades estão inseridas nas comunidades habitadas por pessoas que vivem os seus problemas e que não podem ser ignorados pelas instituições de ensino”, salientou o responsável, para quem as universidades devem se constituir num verdadeiro espaço de sistematização, análise e desenvolvimento de teorias sobre os problemas sociais para dar solução às necessidades
Noutra parte do seu discurso, fez saber que o I Simpósio da instituição que dirige tem como principal objectivo partilhar conhecimentos e desenvolver teorias entre os participantes em diferentes temáticas, com destaque para os processos e os meandros das questões dos direitos, numa reflexão baseada na realidade angolana.
Nesta conformidade, referiu que o ISPN, no exercício das suas actividades e responsabilidade social, pretende responder aos desafios da formação de quadros com alto nível de educação, expresso numa adequada preparação técnica, científica, cultural e humana, enquanto missão das instituições universitárias.
Com duração de dois dias, os participantes no certame estão debater a temas como: “Educação e desenvolvimento sustentável: os direitos dos trabalhadores em Angola e no mundo”, “Depressão e suicídio: Uma abordagem psico-social em Angola”.
Constam ainda da agenda, entre outros temas a serem debatidos, em separados, por comissões de trabalhos, “A biodiversidade e polinização: importância dos polinizadores na manutenção da biodiversidade e na produção de alimentos”, “a validação do potencial produtivo de cinco variedades de trigos, as condições climáticas na comuna de Cambândua”, “O comportamento das empresas face aos desafios actuais”.
Criado há quatro anos, o Instituto Superior Politécnico Ndunduma (ISPN) é uma das três instituições de carácter privado que funcionam na província do Bié.
No presente ano académico, tem matriculado mais de dois mil e 500 estudantes, do primeiro ao quarto ano, nos cursos de engenharia electrónica, civil, química, agronómica, informática e sistema de informação, gestão empresarial, ciências biológicas, psicologia clínica, direito e ensino pré-escolar. VKY/PLB