ISCED-Huíla abre ano académico com menos sete cursos  

     Educação           
  • Huíla     Terça, 10 Outubro De 2023    14h47  
ISCED Huíla
ISCED Huíla
Morais Silva-ANGOP

Lubango - O Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED) da Huíla abriu hoje, terça-feira, no Lubango, o ano académico com menos sete, dos 13 cursos leccionados na instituição, devido à alta taxa de reprovação nos exames de acesso, que inclusive deixaram de fora uma licenciatura que havia de se estrear, a de educação de infância.

A elevada taxa de reprovação de candidatos nos exames de acesso é a principal responsável do problema que afecta os cursos de Informática Educativa, Matemática, Química, Francês, Física e Biologia, no ensino Pós-laboral, e a licenciatura em Educação de Infância, no  ensino diurno.

Ao todo, no ISCED-Huíla estavam disponíveis, mil 155 vagas, delas apenas 430 foram preenchidas no período diurno  e 180 no pós-laboral.

os dados foram avançados hoje, terça-feira, pelo presidente do ISCED-Huíla, Helder Bahu, na abertura do ano académico 2023/2024, afirmando que os números alcançados suscitam alguma preocupação, pois nos últimos anos a cifra de candidatos aos cursos da instituição tem diminuído  significativamente, devido a elevada taxa de reprovação nos exames de acesso.

Argumentou que para as mil 155 vagas disponíveis concorreram, dois mil 826 candidatos, dos quais,  764(27%) aprovaram e destes 610(22%), foram admitidos, 154(5%),  não admitidos e dois mil 216 candidatos não tiveram acesso (78%).

Helder Bahu destacou que os  cursos mais concorridos foram os de  Língua Portuguesa com 75 vagas, com 818 candidatos, dos quais 191 aprovados e apenas 74  foram admitidos.

No Ensino Primário,  prosseguiu, as 120 vagas foram disputadas por 363 candidatos, dos quais 77 aprovaram e consequentemente admitidos, no curso de Geografia dos 199 candidatos que concorreram para as 115 vagas, 86 aprovaram, mas apenas 72 foram admitidos.

Quanto ao índice "elevadíssimo" de reprovação no exame de acesso do curso  Educação de Infância, um curso estreante, comparativamente à licenciatura no Ensino Primário, o académico precisou que são sinais para começar-se imediatamente um estudo rigoroso para se perceber os pontos de estrangulamento deste processo.       

Por outro lado, o presidente  do  ISCED-Huíla, admitiu haver alguns constrangimentos na emissão de documentos a favor dos estudantes, em função do momento particular de transição  que a  instituição está a viver.

Destacou ser uma transição por um lado geracional  e por outro  com mudanças significativas  ao nível  dos procedimentos de gestão, neste particular, destacou a consolidação do Sistema Integrado de Gestão Académica (SIGA).

Todavia, argumentou que gerir de forma manual uma base de dados com mais de dez mil  estudantes, torna-se impraticável, mas a instituição está a trabalhar para aligeirar os procedimentos  de gestão académica e inverter o quadro.

Noutra vertente, Helder  Bahu, o presente ano é histórico  para o ISCED-Huíla,  porque implementaram o curso de especialização em agregação  pedagógica, terá a 1ª edição do doutoramento em Educação e o curso  especializado em Sistemas  de Informação Geográfica  Aplicados ao Ordenamento do Território e Ecologia  no quadro  do programa da UNI.AO.

Apelou aos docentes a forjarem as suas acções na lógica de um ensino  de qualidade, de maior produção científica  e mais intervenção ao nível do sector social.

Aos estudantes recém-admitidos, pediu  a estes para amarem a sua  escola e os seus  professores, porque esta reconciliação interna é imprescindível para uma projecção futura e airosa, aumenta a auto-estima  e a capacidade  de resiliência.

O ISCED-Huíla descende do pólo de licenciaturas da Universidade Agostinho Neto (UAN) no Lubango, criado pelo decreto nº 95/80, do Conselho de Ministros, em 30 de Agosto de 1980, sendo a mais antiga experiência do tipo.

Em 2008 o ISCED-Lubango é afectado com a reforma do Ensino Superior promovida pelo governo de Angola. Foi um procedimento que propunha a descentralização dos pólos da UAN, de maneira que pudessem constituir novos institutos de ensino superior autónomos.

De tal proposta o Instituto Superior de Ciências da Educação da Huíla passa à plena autonomia, efectivada pelo Decreto-lei n.° 7/09, de 12 de Maio de 2009, aprovado pelo Conselho de Ministros.

Hoje conta com cinco mil estudantes do 1º ao 4º ano,  distribuídos em 13 cursos de graduação, com realce para integração da graduação em Educação em Ensino da Infância e em Ensino Primário, cujas aulas são ministradas por cem professores e os trabalhos administrativos assegurados por 78 funcionários técnicos. BP/MS





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