Ondjiva – Oito mil 784 alunos das escolas do ensino primário no município do Cuanhama, província do Cunene, estão privados de assistir às aulas, desde dia seis de Janeiro, devido às inundações que se registam na região.
Nesta altura 48 escolas, com 184 professores, encontram-se paralisadas, por causa das inundações, nas comunas de Ondjiva, Evale e Nehone, informou hoje, quinta-feira, à ANGOP, o director da Educação do Cunene, Domingos de Oliveira.
Explicou que em função das águas os caminhos que dão acesso às instituições de ensino, na sua maioria da zona rural, estão cortados, situação preocupante e que põe em causa o ensino e aprendizagem das crianças.
“Nesta altura uma equipa está a fazer o levantamento no município de Namacunde, das escolas e alunos afectados, visto que na província são as áreas com risco de inundações”, afirmou.
Domingos de Oliveira sublinhou que estão a fazer um trabalho de ocupação dos 184 professores que nesta altura estão em casa, no sentido de serem enquadrados nas escolas mais próximas que não foram inundadas.
Depois das cheias de 2008 e 2009, as chuvas voltaram a inundar as chanas e cursos de água que circundam a cidade de Ondjiva, sede capital da província do Cunene.
Volvidos 15 anos de seca, o cenário que se vivencia, no decurso deste mês, é de chanas e chimpacas com cursos de água de grande correnteza, que está limitar a circulação de pessoas.
No presente ano lectivo, a província do Cunene conta com 200 mil alunos e seis mil 257 professores, distribuídos em 333 escolas do ensino primário, primeiro ciclo do ensino médio.