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Angola acredita sete cursos em saúde

     Educação              
  • Luanda • Sábado, 16 Março de 2024 | 09h21
Vista parcial da Universidade Agostinho Neto (UAN)
Vista parcial da Universidade Agostinho Neto (UAN)
Angop

Talatona – Sete cursos no ramo da Saúde e das Ciências da saúde, num universo de 30 cursos, foram acreditados pelo Instituto Nacional de Avaliação, Acreditação e Reconhecimento de Estudos do Ensino Superior(INAAREES), em Outubro de 2023.

Dos trinta cursos de saúde, nove foram de Medicina e 21 de outras ciências da saúde, nas Universidades Agostinho Neto, em Luanda, nos cursos de Medicina, análises clínicas, ciências farmacêuticas e enfermagem, Universidade Katyavala Bwila, em Benguela, e Universidade José Eduardo do Santos (Huambo).

Foram avaliados, nesta primeira fase do processo, os cursos ministrados nas Universidades Mandume Ya Ndemufayo, na província da Huila e Cunene, assim como a Onze de Novembro em Cabinda, Rainha Njinga Mbandi, Privada de Angola, Jean Piaget e o Instituto Superior Técnico Militar.

De acordo com a ministra do Ensino Superior, Ciência,Tecnologia e Inovação, Maria Do Rosário Bragança, que na sexta-feira proferiu a abertura da cerimônia, Pública de Divulgação dos Resultados do Processo de Avaliação Externa e Acreditação do Ensino Superior, os cursos acreditados têm uma duração de dois a três anos e, findo este tempo, terão que ser submetidos a um processo de avaliação externa.

Explicou que as instituições, cujos cursos não foram acreditados, têm, até dois anos, para se organizarem, verificarem os aspectos nos quais foram penalizados para melhorar.

“Quer para os cursos não acreditados quer para os cursos das instituições, que não realizaram auto-avaliação, não poderão admitir novos estudantes, sendo uma medida de coerência, porque se os cursos não foram acreditados, significa que correm o risco de serem encerrados até que se prove que conseguiram ter um plano de melhoria”, disse.

Acrescentou que as instituições que não realizaram o processo de auto-avaliação, que é importante, até para a preparação da sua avaliação externa, também não poderão admitir estudantes no próximo ano acadêmico.

Trata-se da primeira consequência deste processo de avaliação externa, disse a governante, sublinhando que não se vai encerrar nenhum dos cursos, sendo apenas uma medida para as instituições melhorarem os pontos em que não foram admitidos.

Quanto ao ínfimo número de cursos acreditados, demonstra que o governo está preocupado com a qualidade do ensino.

“O nosso trabalho demonstra a coragem de trazer cá para fora as fragilidades que existem e isso é feito começando por uma área sensível das ciências médicas e da saúde”, explicou.

Acrescentou tratar-se de um processo importante porque pela primeira vez o país tem um processo de avaliação externa, conduzido com o objetivo de verificar o nível de qualidade, bem como as soluções que serão necessárias a aplicar para melhorar tanto o seu funcionamento como o seu impacto social. 

Por sua vez, o director–geral do INAAREES, Jesus Tome, considerou que o processo de acreditação vai alavancar a qualidade de ensino no país, apesar de  nenhum dos cursos conseguir atingir a cifra dos 100 porcento de qualidade e de desempenho.

Jesus Tomé frisou que os critérios exigidos para acreditação dos cursos se cingem nos indicadores de curriculum, gestão, plano docente, infraestruturas, entre outros.

O processo de avaliação externa de cursos de medicina e de outras ciências contou com a participação de altos especialistas nacionais e estrangeiros ( do Brasil, Cabo Verde, Cuba, Moçambique, RDC, Zimbabwe, Portugal e São Tomé e Príncipe).

Trata-se da primeira fase do processo de Avaliação Externa e Acreditação do Ensino Superior, que decorreu de 02 a 06 de Outubro de 2023.

Durante o acto foram entregues certificados de acreditação às instituições de ensino superior, nomeadamente a Universidade Jean Piaget com dois cursos, nas áreas de medicina e enfermagem,  a Universidade Privada de Angola (UPRA), nos cursos de medicina, fisioterapia, enfermagem e oncologia e a Universidade Mandume Ya Ndemofayo, no curso de Medicina.Giz/JCB





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