Cazenga - O Governo angolano mantém a ambição de erradicar o analfabetismo no país, através da criação de mais salas de aula e da melhoria da habilitação profissional dos professores, reafirmou, esta sexta-feira, no município do Cazenga, em Luanda, o secretário de Estado para o Ensino Secundário, Gildo Matias José.
Falando no acto central alusivo ao Dia Internacional da Alfabetização, disse que estas acções visam a redução do analfabetismo no seio dos jovens e adultos e, com uma preocupação redobrada, da jovem mulher nas zonas rurais e urbanas, assim como diminuir o atraso escolar.
No seu entender, não basta garantir que todos os angolanos (crianças e jovens) aprendam a ler e escrever, mas é preciso assegurar que, uma vez colocados no sistema educativo, elas cumpram, pelo menos, com a escolaridade mínima obrigatória, pois “o futuro de qualquer nação depende maioritariamente da educação” .
O responsável ressaltou a necessidade de se apostar no aumento da oferta de salas de aula, no treinamento de mais professores qualificados antes da sua função docente, para garantir o cumprimento da meta de se estancar esse mal.
“Os desafios são grandes e o apelo vai para aqueles que estão em condição de complementar o esforço público que o façam, porque estaríamos todos a contribuir para um bem maior, garantir o direito fundamental a educação”, enfatizou .
No presente ano lectivo, estão matriculados 324 mil 720 alunos nas aulas de alfabetização e pós-alfabetização, nomeadamente nos módulos I, II e III, enquanto 102 mil 751 frequentam o primeiro ciclo.
Por outro lado, o secretário permanente nacional da UNESCO, Alexandre Costa, leu uma mensagem da directora-geral deste órgão, na qual destaca, entre outros, que o direito à educação seja restabelecido sem demora.
A actividade decorreu na Escola Grande do Cazenga e foi marcada pela entrega de certificados e tabletes aos supervisores, para desenvolverem as suas actividades com recurso aos meios tecnológicos. SEC/ART