Luanda – A ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira, anunciou, em Menongue (Cuando Cubango), a entrega, às comunidades, de 654 novas escolas construídas no quadro do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM).
Conforme a ministra, que falava na sessão de abertura do ano lectivo 2021/2022, 515 escolas são do ensino primário e139 dos I e II ciclos do ensino secundário.
Com estas novas infra-estruturas, adiantou, mais 285.151 crianças e jovens terão oportunidade de estudar em melhores condições.
“Apelamos a todos os educadores e educandos a manterem os seus esforços no sentido de se tirar o máximo proveito do processo de ensino e aprendizagem, elevando a sua qualidade e minimizando o índice de reprovações”, reforçou a governante.
Carolina Cerqueira instou os pais e encarregados de educação a redobrar o acompanhamento das aprendizagens dos educandos e, sempre que possível, indicar um tutor para trabalhar regularmente com eles, de modo a monitorar o seu dia-a-dia.
Para a ministra, como responsabilidade de todos, é imperativo que todos e cada um se dedique de corpo e alma, a nível da família e comunidade, de modo a não se deixar nenhuma criança para trás, no que à aprendizagem e sucessos escolares dizem respeito.
Na óptica da governante, a melhoria da qualidade de ensino exigirá grande esforço por parte de todas as autoridades e dos professores.
“Para o efeito devemos apostar na formação, superação e actualização de conhecimentos dos professores, assim como melhorar as condições de trabalho”, asseverou.
Manuais escolares
A ministra deu ainda a conhecer que a distribuição gratuita dos manuais escolares revistos, com matérias actualizadas, começa na próxima semana em todo país, através de uma operação conjunta do Ministério da Educação com outras instituições do Estado e da sociedade civil, em particular igrejas e parceiros sociais no domínio da Educação.
De acordo com a ministra, o processo de revisão e actualização dois manuais escolares custou aos cofres do estado 35 mil milhões de Kwanzas.
Merenda escolar
No tocante a distribuição da merenda escolar, Carolina Cerqueira frisou que a pretensão do Executivo é assegurar que todas as crianças, com especial atenção as raparigas, possam regressar à escola e obter o apoio necessário para se recuperarem das múltiplas consequências da pandemia da Covid-19 e estarem melhores preparadas para o futuro.
“O Programa da Merenda Escolar atraí as crianças mais vulneráveis à escola e apoia na sua nutrição e bem-estar, no processo de aprendizagem, bem como na igualdade de género incentivando as raparigas a frequentarem as escolas, reduzindo assim o risco do casamento infantil, gravidez precoce e violência baseada no género”, reforçou a ministra.
O Executivo, adiantou, no âmbito do Programa Integrado de Desenvolvimento Local e de Combate à Pobreza, tem levado acabo a nível dos municípios a implementação do Programa da Merenda Escolar, encorajando o uso dos alimentos produzidos nos respectivos municípios para manter os hábitos alimentares e promover a produção local.
Para o presente ano lectivo, frisou Carolina Cerqueira, associaram-se iniciativas beneméritas de algumas empresas e instituições no quadro da sua responsabilidade social.
“Perspectivamos o alargamento desta iniciativa a um maior número de parceiros da Educação para que a Merenda Escolar abranja um número cada vez maior de crianças nas escolas de todo o país. Todo o apoio que a sociedade possa dar à escola será um sério contributo ao desenvolvimento, à inclusão e justiça social, à diminuição das assimetrias regionais e à igualdade de oportunidades entre os diferentes grupos sociais”, frisou.
Dados disponíveis indicam que, no ano lectivo, o sistema contou com mais de 10 milhões de estudantes matriculados, 3.120.000 dos quais entraram pela primeira vez no sistema de ensino e aprendizagem.
O processo contou com 167.032 salas de aula e 210.674 mil professores.