Ondjiva - O governador em exercício da província do Cunene, Apolo Ndinoulenga, destacou, na sexta-feira, o contributo da Universidade Mandume Ya Ndemufayo (UMN), para a melhoria dos serviços nos domínios da educação, saúde, agropecuária, técnico administrativo e das águas.
Falando durante uma aula magna sobre “o contributo da UMN na perspectiva de desenvolvimento do Cunene”, enquadrada no 14º aniversário da instituição, assinalado quinta-feira (19), disse que a criação da universidade permitiu pela primeira vez a institucionalização do ensino superior na província.
Apolo Ndinoulenga afirmou que ao longo dos 14 anos, a instituição formou diversos quadros, correspondendo deste modo com os anseios da comunidade estudantil, que há muito clamava por uma infra-estrutura do género.
“Foi apenas em 2009 que se criou, na província do Cunene, a primeira instituição do ensino superior que contribui para formação técnico superior dos seus filhos”, sublinhou.
Salientou que os sectores da saúde, educação e agricultura exigem técnicos dedicados, responsáveis, resilientes e com amor à profissão, no sentido de se alcançarem as metas individuais e colectivas.
De acordo com o governante, a instituição está a formar técnicos superiores da especialidade de engenharia agrícola, que podem trabalhar com os camponeses para melhorar as técnicas de cultivo, sobretudo no aproveitamento dos projectos estruturantes como o Cafu.
Apontou ainda a instrução na vertente pecuária, mediante a criação de animais de pequeno e grande porte, por constituir cultura, tradição e riqueza dos povos desta região.
Disse que o governo do Cunene está ciente com o estado actual do ensino superior público na província, cujos esforços têm sido desenvolvidos, no sentido de criar melhores condições de acomodação de trabalho e de formação.
Nesta senda, apontou a reabilitação e ampliação da instalação da única infra-estrutura que alberga o ensino superior na região, visando conferir dignidade ao sector.
Por seu turno, o reitor da universidade, Sebastião António, disse que a instituição tem como foco a formação de quadros com qualidade capazes de incorporar o ensino de valores humanos, de defesa da pátria, da solidariedade e do desenvolvimento.
Sustentou que a UMN tem como lema “sapiência e integridade”, de modo a permitir a busca incessante do conhecimento, da sabedoria e inteligência para o desenvolvimento, assim como a defesa dos valores morais, cívicos e éticos.
Sebastião António apontou como desafios o incentivo à promoção e apoio à investigação científica básica aplicada, para a formação académica e técnico-profissional de estudantes.
À margem da aula magna, decorreu igualmente uma mesa redonda sobre a Génese da Universidade, dirigida aos membros do governo, docentes, trabalhadores e estudantes.
A UMN é uma instituição pública da VI Região Académica, com sede na cidade do Lubango, aprovada pelo Decreto 07/09 de 12 de Maio, com sede na cidade do Lubango e surgiu do desmembramento da Universidade Agostinho Neto em 2008.
A UMN integrada pelas províncias da Huíla, Cunene e Namibe controla cinco Unidades Orgânicas, três Faculdades de Direito, Economia e Medicina e dois instituto superiores politécnicos.
No Cunene, a universidade dispõe do Instituto Politécnico de Ondjiva, que administra seis cursos, num universo de mil e 458 estudantes com a cobertura de 20 docentes nacionais e 50 expatriados. FI/LHE/OHA