Ondjiva - A governadora provincial do Cunene, Gerdina Didalelwa, enfatizou, sexta-feira, o papel estratégico que a Universidade Mandume ya Ndemufayo representa para a formação de recursos humanos, com vista a enfrentar os desafios de desenvolvimento da região.
Falando na cerimónia de outorga de diploma a 220 licenciados, do Instituto Politécnico de Ondjiva, enalteceu a aposta da extensão universitária na promoção da excelência nos domínios do ensino e da investigação científica.
Com os novos graduados a UMN, eleva para mil e 764 técnicos superiores formados na província do Cunene, desde 2013, sendo 510 do ensino da biologia, 395 de enfermagem, 332 de analises clínica e laboratório, 328 engenharia agropecuária, 133 informática e gestão e 66 hidráulica.
A governante realçou que o certame coloca no mercado finalistas de diferentes especialidades, que exigirá deles grandes sacrifícios, para a reconstituição plena no desenvolvimento sustentável.
Disse que os cursos expostos são de capital importância para a sociedade local, "porque a vossa entrada no mercado do trabalho vai alavancar os sectores da saúde, educação, agricultura, informática e água, rumo ao progresso da província".
Gerdina Didalelwa espera dos recém-graduados que primarem pela excelência e humanização dos serviços conforme as exigências legais, a éticas e deontológicas, o espírito de abnegação responsabilidade, resiliência e amor ao trabalho .
Isso, acrescentou, para que possam alcançar metas individuais e colectivas com resultados directos para vida das populações.
De modo particular desafiou os finalistas do curso de agronomia, no sentido de investigarem sobre a problemática das alterações climáticas fases da produção agrícola, através da pesquisa científica de modo a encontrar métodos da agricultura rentável neste contexto.
Justificou que a agropecuária constitui a principal actividade económica da província, mas nos últimos tempos regista-se períodos difíceis e desafiadores da história, devido a problemas de seca consecutivos que tem comprometido a tradicional agricultura familiar e como consequência a fome e empobrecimento.
Entretanto, realçou a aposta do Executivo na implementação de programas que visam melhorar as condições de trabalho da única instituição do ensino superior público na região, com o projecto de reabilitação em curso.
A par disso, acrescentou constar do OGE para 2024 o projecto de subordinação central que consiste na construção de um edifício destinado a acolher os serviços do ensino superior público na província, cujo arranque terá início tão logo as condições técnicas e financeiras estejam criadas.
“Com este projecto acreditamos que novos cursos poderão ser introduzidos no plano curricular de modo a corresponder com os anseios da juventude, que não se cansam de solicitar a introdução de novos cursos”, sustentou.
Por seu turno, o reitor da UMN, Sebastião António, desafiou os formandos a criatividade, o empreendedorismo e inovação, uma vez que são portadores da sapiência, cujos resultados devem ser demonstrados junto a sociedade.
Disse que a aposta da instituição é o crescimento progressivo da UMN e o desejo de tornar a mesma numa instituição de referência no país, rumo a melhoria da qualidade de serviços que se presta aos estudantes.
O reitor acrescentou que a qualidade do processo formativo possibilita o sucesso de trabalho que se espera, ressaltando que, do recente processo de avaliação institucional das universidades do país que ministram o curso de medicina a UMN foi a única acreditada.
Face à realidade, disse que a responsabilidade deve ser elevada para que possam manter os níveis de excelência e elevar outros cursos a serem avaliados positivamente e corrigir as dispersões existentes.
Ao apresentar os dados estatísticos, o vice-reitor para assuntos Académicos, Francisco Kambanda, disse que o processo de outorga no Cunene beneficiou 220 estudantes, destes 104 masculino e 116 feminino.
Dos graduados contam 70 ensino da biologia, 37 do curso de enfermagem, 30 engenharia hidráulica, 29 do curso de análises clínica e laboratório, 27 da engenharia agronómica e igual número para informática de gestão.
Francisco Kambanda disse que durante o ano de 2024, a UMN outorgou 667 finalistas das províncias da Huíla e do Cunene.
No segundo ano consecutivo o melhor estudante da UMN é da província do Cunene, do curso de análises clínicas, com média final de 19 valores.
Universidade Mandume ya Ndemufayo, baseada na sexta Região Académica, compreende as províncias da Huíla e do Cunene. FI/LHE/SC