Lubango - A directora-geral adjunta da Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico (FUNDECIT), Rosa Maurício, disse, esta segunda-feira, no Lubango, ser necessário a construção de uma rede que envolva o ensino superior, o sector produtivo, a investigação e a comunidade, para potencializar o desenvolvimento local.
Rosa Maurício falava em representação da ministra do Ensino Superior, Ciência Tecnologia e Inovação, Paula de Oliveira, na abertura da Conferência Científica da Universidade Mandume ya Ndemufayo (UMN), que decorre sob o lema “ Integração, Desenvolvimento Local e Sustentablidade”, no quadro dos festejos do XV aniversário da instituição, assinalados a 19 do ano em curso.
Justificou que para tal é preciso que o conhecimento e a inovação sejam usados para responder às necessidades reais da população, pois o desenvolvimento local engloba a transformação das comunidades a partir de suas próprias realidades e demandas.
Salientou que a integração não é apenas uma questão de estabelecimento de vínculos entre diferentes instituições ou sectores, mas unir esforços para criar sinergias que potencialize o desenvolvimento local, pois para além do crescimento económico, garantir um ambiente sustentável e equitativo para todos.
“Ao abordarmos essas questões, é importante não desvincular os desafios que enfrentamos no nosso contexto local das directrizes que moldam o futuro do ensino superior e da investigação científica e tecnológica no nosso país, especialmente à luz Plano de Desenvolvimento Nacional (PND) 2023-2027”, elucidou.
Durante três dias, os participantes vão discutir com diferentes actores do desenvolvimento local, os paradigmas da integração da UMN, como Instituição Pública de Ensino Superior, sua contribuição para a sustentabilidade dos ecossistemas social, cultural, económico, histórico, inovação e produtivo que conformam as províncias da Huíla e do Cunene.
A inclusão financeira e o micro-crédito, a importância da gestão da qualidade para a competitividade das empresas, estudo de caso, Potencialidades económicas das províncias da Huíla e do Cunene, Distribuição espacial e temporal do regime de seca na África austral, Crimes ambientais: a ameaça à sustentabilidade, são outros temas em discussão.
A UMN é uma instituição pública angolana, multi-campus, sediada na cidade do Lubango, nasceu da reforma de 2008, descendendo da Universidade Agostinho Neto e tem a sua acção circunscrita às províncias da Huíla, com cinco unidades orgânicas, e do Cunene com uma, onde estudam dez mil discentes. BP/MS