Luanda - As escolas primárias públicas não orçamentadas vão beneficiar em todo território nacional de um orçamento em 2025 para sua manutenção, tendo em vista a qualidade de ensino, anunciou a ministra da Educação, Luísa Grilo.
A governante anunciou o facto esta sexta-feira, em Luanda, durante uma Mesa Redonda sob lema “Os desafios da educação em Angola".
Sem avançar números, a ministra Luísa Grilo realçou que os financiamentos nas escolas vão servir para resolver os problemas apresentados, nomeadamente, a questão da higiene, a falta de água, energia, entre outros.
Para si, a falta de financiamento directo às escolas é um dos problemas que tem criado embaraço na gestão diária nas instituições, daí a “preocupação do Executivo angolano”.
Considera a escola um lugar muito concorrido que precisa de cuidados, para que possa ter um ambiente agradável a fim de propiciar ao corpo discente e docente condições boas de trabalho.
Relativamente à contribuição dos pais, informou ter sido aprovado o regulamento das participações directas nas escolas.
Por outro lado, Luísa Grilo mencionou igualmente a construção de 55 novas escolas financiadas pelo Banco Mundial que vão entrar em funcionamento a partir de 2025/2026.
Destacou que no orçamento de 2025, também constam valores para construção de novas escolas com vista a resolver os problemas das crianças fora do sistema do ensino.
Desafios na qualidade do ensino
A educação no país ainda apresenta inúmeros desafios para responder a demanda e dar resposta às necessidades da melhoria da qualidade formativa desejada nos restantes níveis de ensino, informou o secretário de Estado da Educação Pré - escolar e ensino primário, Pacheco Francisco.
O responsável, que falava na abertura da referida mesa redonda, a educação em Angola propõe-se a atíngir três grandes objectivos, designadamente, traçar medidas de política para conter a interferência das seitas religiosas no ensino angolano, formular propostas para potenciar a intervenção do sector nos domínios pedagógico.
Outros objectivos tem a ver com os apectos administrativo e patrimonial, visando a qualidade educativa em Angola e, por último, redefinir estratégias aplicáveis à realidade educativa angolana para uma gestão escolar eficiente e mais participativa.
Na ocasião, foram abordados dois subtemas sobre a proliferação das seitas religiosas não legalizadas e sua interferência no ensino angolano e os desafios da educação.
A Mesa Redonda é um dos exercícios efectuado à luz dos objectivos de desenvolvimento sustentável e da Agenda 2030, das Nações Unidas sobre a Educação, que recomenda assegurar que os programas de desenvolvimento do sector, nos seus diferentes domínios, sejam cumpridos, tendo em conta a realidade de cada país. AB/SEC