Luanda – O ensino superior angolano vai beneficiar de um financiamento do Banco Mundial avaliado entre 150 a 200 milhões de dólares (1 dolar equivale a 823, 106 Kwanzas), para o seu desenvolvimento, anunciou, a ministra do sector, Maria do Rosário Bragança.
Durante o programa a Grande Entrevista da TPA, a ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, realçou que é a primeira vez que Angola beneficia deste financiamento do Banco Mundial para o ensino superior.
Precisou que 100 milhões de dólares vão ser aplicados no fortalecimento dos institutos superiores de ciências da educação.
Neste contexto, detalhou a governante, serão reabilitados os ISCED do Huambo, Huíla, Uíge e a Escola Superior Pedagógica do Bengo.
Maria do Rosário Bragança disse que o dinheiro será também aplicado na formação de docentes e melhoria dos currículos no que diz respeito às competências digitais.
O financiamento vai também ajudar Angola a dar passos significativos porque vai incidir em pontos frágeis, como melhorar o acesso ao ensino superior com introdução de novos cursos de acordo com as necessidades do país e concluir o processo de harmonização curricular.
Vai ainda resolver os problemas com equidade do género, bem como ajudar na transformação digital para melhorar o processo de gestão das unidades e criação de uma universidade virtual para apoiar o ensino à distância.
Na generalidade, segundo a ministra, o financiamento vai permitir pôr em marcha a elaboração do chamado Livro Branco, que é plano do sector para os próximos 10 anos.
Durante a entrevista, a ministra reconheceu que existem debilidades no ensino superior, porque há instituições que ainda leccionam sem obedecerem às regras que regulam o sector.
Lembrou que, em 2017, havia várias instituições a leccionar sem estarem legalizadas e já tinham finalistas, bem como havia 148 cursos ilegais.
Por isso, informou que o ministério vai reforçar os critérios de certificação das instituições de ensino superior, cujos resultados poderão determinar o reconhecimento ou não da instituição.
Explicou que haverá níveis intermédios, que é uma certificação condicionada, devendo a instituição gozar de um período de dois a três anos para cumprir com as recomendações que visam a melhoria das suas condições de funcionamento. ART