Sumbe - O V Encontro Nacional de Educação Especial realizado, nos últimos dois dias, no Sumbe, província do Cuanza-Sul, recomendou a necessidade de melhorar as condições didácticas, específicas e adaptadas, para garantir um ensino de qualidade.
O certame, com quatro painéis sobre “O currículo inclusivo” orientou, igualmente, desenvolvimento um sistema educativo inclusivo que envolve a aplicação e redefinição dos conceitos centrais, específico e adaptados.
Os participantes defenderam a criação de condições para expansão, generalização e utilização no ensino das línguas de Angola e língua gestual angolana, para garantir a comunicação, o acesso à educação e, consequentemente, a aprendizagem significativa.
Sobre “O balanço da implementação da política nacional de educação especial nos últimos cinco anos”, o evento recomendou a necessidade de se promover a transversalidade da educação especial, para assegurar o direito de acesso, de participação escolar, de permanência e da aprendizagem das crianças, adolescentes, jovens e adultos público-alvo da educação especial.
Augurou a garantia, nas instituições de ensino, da sensibilidade ao meio físico, da informação e da comunicação, com foco na promoção da participação plena dos alunos na educação especial e, ao mesmo tempo, o asseguramento do atendimento educativo especializado aos alunos com deficiência, para além da implementação de parceria com as associações que actuam no campo de direito das pessoas com necessidades especiais.
De igual modo, preconizaram a implementar dos projectos sobre a identificação e acompanhamento das crianças com deficiências, transtornos do espectro autista e altas habilidades nas creches e jardins-de-infância, com a contínua a orientação e acompanhamento dos processos de redimensionamento das escolas especiais a núcleos de apoio à inclusão escolar.
Constam ainda a necessidade da conclusão do manual dos materiais de tecnologias assistivas e as alterações sobre a proposta do estudo da modalidade da educação especial.
Sobre os desafios na formação profissional das pessoas com deficiência consideram importante haver os equipamentos e ferramentas para a execução de tarefas e operações, independentemente, do tipo de deficiência, capacitar permanentemente os formadores comprometidos com a causa.
No acto de encerramento, o director do gabinete da Educação na província do Cuanza-Sul, José Eduardo, disse que a educação de qualidade é aquela que assegura a aquisição do conhecimento, das capacidades, as destrezas e atitudes necessárias para a vida adulta, pois promove o progresso dos alunos numa ampla gama de avanços intelectuais, sociais, morais e emocionais.
Referiu que os gestores escolares são chamados a desenvolver uma gestão flexível e inclusiva, a redimensionar os recursos pedagógicos, a diversificar as ofertas educativas, fomentar a ajuda entre as crianças, com finalidade de garantir a inclusão escolar.
Dos painéis discutidos pelos directores dos gabinetes provinciais, especialistas, escolas especiais e convidados abordaram o balanço geral dos últimos cinco anos, a educação inclusiva, surdez e a língua gestual angolana, políticas públicas, conferência, currículo inclusivo e a transversalidade das políticas. SN/LC