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Educação precisa de mais professores e com qualificação - admite ministra

     Educação              
  • Bié • Quinta, 02 Maio de 2024 | 15h56
Ministra da Educação, Luísa Grilo
Ministra da Educação, Luísa Grilo
Valentino Yequenha

Cuito -  A ministrada Educação, Luísa Grilo, admitiu, esta quinta-feira, na cidade do Cuito, província do Bié, que o sector precisa de mais professores e com a qualificação desejada, apesar do número de quadros crescer substancialmente ano após ano, com a realização de concursos públicos de ingresso.

A governante discursava na abertura do II Conselho Consultivo do Ministério da Educação (MED), que decorre sob o lema: “Os professores de que precisamos para a educação que queremos – O imperativo global para inverter a escassez de professores”.

Sem precisar do número de professores necessários, a ministra disse que a escassez de professores e com as valências desejada é uma realidade global que impõe o recrutamento de novos quadros, exercício que tem sido realizado com alguma regularidade, com o objectivo de se reduzir o défice actual.

Entretanto, referiu que, tal como noutros países, Angola tem enfrentado o desafio de acolher no seu sistema de educação e ensino bons quadros com a formação técnica e sólida e que, em alguns casos, não têm, infelizmente, a devida formação específica da função de docência.

Para se mudar o quadro, continuou, impõe-se a necessidade de se solidificar o sistema de qualificação e agregação pedagógica dos mesmos técnicos, no sentido de se integrarem adequadamente e responder efectivamente às exigências do sistema de educação e ensino e à demanda da sociedade em geral.

Nesta conformidade, informou que o Governo angolano definiu como prioridade, para 2023-2027, a implementação da política de formação e gestão do pessoal docente, que passa pela sua formação, através de cursos de mestrado em metodologias específicas de ensino pré-escolar e primário, língua portuguesa, matemática e ciências do ensino secundário.

De acordo com a ministra, o plano prevê, igualmente, a transição da formação dos professores do ensino secundário para o ensino superior e do plano de formação de quadro técnicos das escolas de magistério, reforço das competências de supervisão pedagógicas dos gestores das escolares, desenvolvimento de cursos de pós-graduação para melhorar o nível académico dos professores e implementação de mecanismos de avaliação da qualidade de ensino nas instituições de formação de professores.

Todavia, reconheceu, por outro lado, que o bom desempenho dos docentes não depende apenas das suas competências técnicas, académicas e científicas, havendo a necessidade de se investir noutras áreas afins, para responder e corresponder às necessidades actuais da sociedade.

Para o efeito, referiu que o sector que dirige está a levar a cabo o programa de Transformação Curricular  (PROTC-Angola: 2023-2027), que está virado na aposta da melhoria da qualidade de ensino, uma perspectiva sistemática, que inclui os planos de estudos, os programas, ao manuais escolares, os cadernos de actividades, os guias do professor e os materiais de suporte ao sistema nacional de avaliação das aprendizagens.

Deste modo, acrescentou, pretende-se que os alunos tenham as competências básicas de leitura escrita e cálculo nos níveis certos.

Mais responsabilidade dos gestores escolares na função pedagógica

Ao longo do seu discurso, apelou aos directores provinciais para trabalharem com os gestores escolares, para assumirem, com rigor, a sua responsabilidade em relação à política pedagógica.

Para si, os gestores do sistema de educação e ensino, nos seus diversos níveis, devem ter a consideração que não são chamados a cumprir apenas uma função administrativa, pois a pedagógica constitui a base e a razão primária da missão educativa e a chave principal para o sucesso do processo de ensino e aprendizagem.

Nesta conformidade, considerou imperioso que os mesmos acompanhem, supervisionem e apoiem os professores nos processos de planificação das aulas e actividades lectivas, com base no currículo, de avaliação das aprendizagem e de todas tarefas afins.

Expansão e modernização do sistema de ensino

 A ministra da Educação, Luísa Grilo, referiu, na ocasião, que a visão do Governo angolano em relação ao sistema de educação e ensino continua a girar em torno da sua expansão e modernização, o que implica a promoção da massificação do acesso a todos os níveis de ensino, alargando a rede escolar pública, no sentido de aumentar as taxas de escolarização.

Para o efeito, fez saber que foram disponibilizados, no ano lectivo 2023/2024,  mais de mil novas escolas, elevando para uma rede escolar de cerca de 13 mil estabelecimentos, para atender uma população estudantil de mais de nove milhões de alunos dos níveis pré-escolares, primário e secundário.

Para além disso, disse que o ministério continua a apostar na educação digital e no aumento dos níveis de literacia, por constituir uma ferramenta indispensável para o aumento do acesso ao ensino à larga escala, a promoção dos recursos humanos e o reforço da competitividade do capital humano.

O Conselho Consultivo do MED, que se realiza um ano depois do primeiro e que junta perto de 200 delegados, visa, entre outros objectivos, avaliar o grau de implementação dos programas do sector, redefinir estratégias metodológicas e de acção que concorrem para a melhoria das aprendizagens.

Durante três dias, os delegados, vindos das 18 províncias do país, entre  secretários de Estado, directores nacionais, provinciais, escolares, professores e representantes de instituições parceiras do departamento ministerial, vão debater 33 temas distribuídos em seis painéis.

Constam entre os temas: “Projecto de empoderamento da Rapariga e Aprendizagem para Todos-PAT II, Progresso das actividades”, “Balanço dos primeiros cinco anos de implementação da Política Nacional de Educação Especial orientada para a inclusão escolar”, “Planejamento estratégico de recursos Humanos”,“A gestão das escolas”, “O quadro legal do MED” e “As modalidades de avaliação no sistema educativo angolano”. VKY/PLB





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