Luanda - Dez instituições do I e II ciclos, da rede de escolas da província de Luanda associadas à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (Unesco) receberam, esta segunda-feira, ecopontos, bem como formação de professores e alunos sobre a separação de resíduos sólidos, no âmbito da educação ambiental nas escolas.
Trata-se dos institutos médios de Economia de Luanda, Industrial de Luanda, Comercial de Luanda, das Telecomunicações de Luanda, Politecnico Alda Lara, Complexo Escolar Teresinha de Viana, o colégio nº 1140 de Maio, Nzinga Mbande, a escola de Saúde Castelo e o Liceu n º 5106 Neves Bendinha.
Ecopontos são infra-estruturas adequadas construídas para o depósito de resíduos sólidos, através da separação em função da sua utilidade, visa essencialmente ajudar no seu manuseio pelos Catadores .
Na ocasião, a secretária de Estado para Acção Climática e Sustentável, Paula Coelho, disse augurar que o projecto contribua na formação de alunos e professores por ser notório os grandes desafios ambientais que a sociedade vivencia.
É nesta necessidade imperiosa de mudança, disse, que se apresenta como factor fundamental a criação de uma consciência de responsabilidade a qual promove a protecção e conservação de recursos, respeito pela vida e o bem estar das populações.
“Ao educar os cidadão estamos a dar mais alguns passos para a mudança do comportamento social que deve começar desde a base das escolas, alicerçado com a transmissão de conhecimento com conteúdos nos manuais escolares", referiu.
Por outro lado, segundo a responsável, reflectir sob o lema “Planeta oceanos as marés estão a mudar” é o reconhecimento que existe uma mudança e o homem faz parte do problema, deve fazer parte da solução.
Já a directora de marketing da Refriango, Tânia Jardim, que falava no acto simbólico, o projecto vai criar cidadãos conscientes e activos na missão urgente e se ter um país mais limpo e saudável.
O Projecto ambiental nas escolas, fez saber, conta ainda com a Associação Verde que assume a capacitação, que se prevê alcançar 20 mil pessoas, entre professores e alunos, bem como a gestão dos ecopontos e dos resíduos sólidos.
Tânia Jardim disse ainda que as escolas seleccionadas irão participar de um concurso, que representará o culminar da acção, em que alunos e professores terão de elaborar um trabalho com o lema “As marés estão a mudar”, que pretende estimular a consciência ambiental dos oceanos e a criatividade com hipóteses para mudar o comportamento e trazer para o planeta soluções contra a poluição plástica.
As dez escolas terão os seus trabalhos expostos na feira ecológica que será realizada a 08 de Julho, no âmbito da celebração do Dia dos Oceanos, celebrado no mesmo dia.
O concurso está aberto até o dia 25 de Maio, direcionados a adolescentes acima dos 13 anos e organizados e grupos de três alunos e um professor.
O projecto é uma iniciativa da Refriango, Coca-Cola e a Unesco e visa sensibilizar e conscientizar a comunidade estudantil sobre a importância da preservação e conservação dos recursos e a vida na água, além de incentivar acções em prol do cumprimento dos objectivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas para 2030.
A estratégia Nacional de Educação Ambiental para o período 20/22 e 20/50 foi aprovada pelo decrero presidencial que reforça e define as diretrizes do processo de educação ambiental a nível nacional tendo como base a criação de um ambiente de promoção de valores e mudança de comportamento através do alargamento de conhecimento das temáticas ambientais. ML/VIC