Talatona – O secretário de Estado para a Educação Pré-Escolar e Ensino Primário, Pacheco Francisco, disse hoje, quarta-feira, em Luanda, que a inserção e utilização das línguas maternas traz esperança e a certeza de um futuro de prosperidade no ensino-aprendizagem.
O responsável, que falava durante o acto de encerramento da 1ª Conferência Internacional sobre a Inserção das Línguas de Angola no Sistema de Educação e Ensino, referiu que este mecanismo satisfaz os anseios da população falante e não falante das línguas de Angola.
“Esperamos que os especialistas que participaram na conferência tenham discutido sobre os mecanismos adoptar para a inserção e utilização escolar das línguas faladas em Angola, pois só assim se retomará o caminho rumo a inserção das línguas menos usadas no nosso sistema de educação e ensino”, disse Pacheco Francisco.
Segundo dados do Censo realizado em Angola em 2014, o português é a língua mais falada no país, com cerca de 71% da população, em segundo está o umbundo com 23%, já o kikongo e o kimbundo contam com 8% de falantes, cada uma.
A 1ª Conferência Internacional sobre a Inserção das Línguas de Angola no Sistema de Educação e Ensino contou com dois painéis temáticos: o primeiro falou sobre Línguas de Angola no Sistema de Educação e Ensino: realidade ou descontinuidade?.
O segundo painel foipreenchido com uma mesa redonda com abordagem sobre as línguas africanas nos sistemas de educação de alguns países africanos: práticas, desafios e inovações, cada um deles com quatro intervenções.
Subordinado ao tema “Línguas de Angola no currículo, um factor de transformação da Educação e de inclusão escolar”, o evento teve como objectivo discutir a problemática da inserção das línguas africanas nos sistemas de educação e construir uma estratégia para a inserção das línguas no currículo escolar.