Luanda – A promoção da partilha de recursos tecnológicos, laboratoriais, pedagógicos e desportivos, entre os Ministérios da Educação dos Estados-Membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), consta das recomendações saídas da II Conferência Internacional sobre as Oficinas de Estatística da Educação.
O evento decorreu em Luanda, de 16 a 18 de Agosto, com objectivo de apresentar o estado sobre a produção de estatística e os principais indicadores da educação na comunidade.
Recomendou ainda a criação de condições adequadas para a recolha de dados nas escolas, no sentido de apoiar os processos de ensino e aprendizagem e da avaliação.
Ficou ainda patente, a necessidade dos Ministérios da Educação dos Estados-Membros garantirem as condições de acessibilidade e de permanência dos alunos nas escolas para que estes se adaptem ao processo de integração e de inclusão, evitando a categorização e diferenciação de alunos.
No que toca ao Projecto de Recuperação e Aceleração Escolar no Ensino Regular (PRAEER), concluíram que Angola pode implementar com recurso a turmas bilingues, em função das especificidades de cada província.
Assim sendo, recomendou-se a necessidade de se reforçar a formação de professores para a aquisição de competências para responder aos desafios de aprendizagem dos alunos matriculados nas turmas do PRAEER.
Foi ainda recomendado, entre outras matérias, a criação de serviços específicos para a recolha e tratamento de dados estatísticos nas escolas.
Ao encerrar a conferência, a ministra da Educação de Angola, Luísa Grilo, disse que a mesma gerou os resultados preconizados, sublinhando a necessidade do cumprimento das recomendações com esforços conjugados.
Relativamente à Mesa Redonda foram apresentadas as actividades a desenvolver no quadro do Plano de Trabalho (2022-2024) do Grupo de Peritos Nacionais de Produção de Estatísticas da Educação da CPLP, para a melhoria contínua da produção estatística.
Neste quesito, os peritos deverão aprovar o plano de trabalho 2022-2024, até ao dia 28 de Agosto de 2023.
Fazem parte da CPLP, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. ANM/ART