Lubango – Pelo menos 12 máquinas de braille são necessárias para assegurar o processo de ensino de 34 alunos com deficiência visual e auditiva, no Complexo Escolar do Ensino Especial 797, no Lubango, província da Huíla.
Actualmente, aquela instituição do ensino especial tem 34 alunos com necessidades de uso desse equipamento, mas apenas conta com 10 unidades de braille, duas delas avariadas por falta de manutenção, o que está a provocar constrangimentos ao processo de ensino/aprendizagem.
Falando hoje, quinta-feira, à ANGOP, a propósito do Dia Mundial do Braille, que hoje, quinta-feira, se assinala, o director interno daquela instituição pública, Altair da Silva, afirmou que para além das máquinas, a escola precisa de papel Braille e cartolinas, que são de uso corrente, assim como mapas, relógios e maquinas calculadoras falantes, para prestar um serviço de qualidade.
Sem esses meios, disse a fonte, torna-se impraticável o processo de inclusão social destas pessoas após a formação, porque terão dificuldades para compreender os problemas nacionais, regionais e internacionais de forma crítica e construtiva.
Apontou, igualmente, a falta de lupas para com os deficientes de baixa visão, infra-estruturas de ensino com os respectivos laboratórios de biologia, química e física, bem como a requalificação e segurança de recursos multifuncional com pinturas ilustrativas e equipamentos como computadores com software adaptados às necessidades dos alunos.
A escola, conforme o entrevistado, não dispõe de um campo para aulas de educação física, forçando que essas sejam dadas em terrenos improvisados, o que constitui riscos aos mesmos na sua locomoção.
Desde a sua institucionalização, em 1989, essa escola situada no bairro Mapunda, já formou mais 65 alunos com necessidades especiais, alguns chegaram mais tarde até à licenciatura, em instituições normais.
A Escola do Ensino Especial atende mil 081 alunos, sendo 259 do ensino primário, 352 e 470 do I e II ciclos, respectivamente.
O sistema de Braille é o código de leitura e escrita para as pessoas cegas cuja máquina é tida como sinais de revelo que representam letras, sinais de pontuação, números, notas musicais entre outras variedades e é empregado universalmente para a leitura e na escrita, e foi criado por Louis Braille em 1825, cujo mesmo foi nascido em 04 de Outubro de 1909. JT/MS