Luanda – A ministra da Educação, Luísa Grilo, reiterou, na quarta-feira, em Luanda, a continuidade das aulas do ano lectivo 2024/2025, durante o período do Recenseamento Geral da População e Habitação – RGPH (Censo 2024).
Aberto oficialmente na quarta-feira, pelo ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Furtado, o censo 2024 decorre de 19 de Setembro a 19 de Outubro do corrente ano, em todo o país.
Falando à imprensa, no final da cerimónia oficial de lançamento do censo 2024, sublinhou que os professores que estão inseridos no processo devem ser substituídos pelos finalistas dos cursos do magistério neste período.
Luísa Grilo considera o censo um processo importante para o sector da educação dirige, para permitir melhor programação das políticas.
“O governo pode prever quantas escolas serão necessárias nos próximos anos e quantos alunos, efectivamente, temos fora do sistema de educação. Nós estamos aqui a iniciar um processo que pode nos levar a grandes vitórias”, explicou.
Segundo a governante, é possível conciliar a realização do censo com as aulas, por isso, não há necessidade de paralisar os trabalhos nas escolas.
“Temos professores a trabalhar nesse processo e aqueles que não estão no processo estão a dar aulas”, esclareceu.
Por sua vez, o ministro do Planeamento, Victor Hugo Guilherme, disse que, com base nos dados que serão recolhidos, será possível reformular o Plano Nacional de Desenvolvimento e a estratégia Angola 2050.
“Se os dados forem assim, muito discrepantes com as estimativas que nós trabalhamos para a elaboração deste documento, será possível a reformulação”, realçou.
Já o secretário de Estado para a Comunicação Social, Nuno Caldas Albino, destacou o trabalho desenvolvido pelos órgãos de comunicação social.
“É um factor positivo e, por conseguinte, nós também transmitimos estas felicitações, este apoio, sobretudo aos nossos profissionais da comunicação social, que tudo têm feito para que se mobilize, sensibilize a população em todos os quadrantes do nosso território nacional, quer nos canais tradicionais, quer em línguas nacionais”, disse.
Realçou a firmeza e determinação da narrativa que os profissionais têm estado a levar aos cidadãos de vários sectores da sociedade, com mensagens simples, apelativas e, sobretudo, potenciadoras do incentivo à participação no Censo.
O governador provincial de Luanda, Manuel Homem, assegurou estarem criadas as condições para dar resposta ao processo censitário, sublinhando que foram realizadas campanhas de sensibilização para permitir maior participação da população.
Frisou que a situação demográfica de Luanda exige um acompanhamento das infra-estruturas necessárias para poder dar resposta “àquelas que são as exigências da população, permitindo ter números concretos, para planificar melhor os investimentos”.
A decorrer sob o lema “Juntos contamos por Angola”, o censo é organizado pelo Governo angolano, através do Instituto Nacional de Estatística (INE).
O processo envolve 79 mil 423 agentes de campo, divididos em 67 mil 131 recenseadores e 12 mil 92 supervisores, que asseguram o trabalho em todo o território nacional.
O recenseamento anterior, ocorrido de 16 a 31 de Maio de 2014, apurou a existência de 25 milhões 789 mil e 24 habitantes no país.
À semelhança do evento de há 10 anos, o Censo geral 2024 é um processo essencial para a sociedade angolana, na medida em que fornecerá indicadores concretos e actualizados imprescindíveis para a definição de políticas públicas e a tomada de decisões. HM/OHA
