Luanda – O Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior (SINPES) decidiu, esta terça-feira, interpolar a greve, prevista para hoje, até 10 de Novembro.
A informação foi prestada pelo secretário-geral do SINPES, Eduardo Peres Alberto, em declarações à imprensa, após uma assembleia de docentes.
O sindicalista disse que a interrupção da greve deve obedecer dois requisitos: o primeiro tem a ver com a facto de o período das aulas ter de estender-se até 15 de Agosto e o segundo com a atendimento das reivindicações dos professores, sob pena do ano lectivo 2023/2024 ter o seu arranque comprometido.
De recordar que no caderno reivindicativo apresentado ao Executivo, o sindicato pede um salário a volta dos dois milhões 600 mil kwanzas para o professor catedrático e de um milhão 350 mil kwanzas para o assistente estagiário.
Por seu turno, a ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Bragança, afirmou que, no presente exercício económico, não haver condições para o aumento salarial dos docentes.
Em relação ao seguro de saúde, a governante informou que, após o levantamento feito em termos quantitativos do pessoal docente e não docente, está a ser avaliado pelo Ministério das Finanças.
As aulas no ensino superior retomaram a 26 de Maio deste ano, após greve decretada a 27 de Fevereiro pelo SINPES.
Porém, a ministra Maria do Rosário Bragança garantiu que o ano lectivo não será comprometido, porquanto muitas unidades não aderiram à greve e, mesmo naquelas em que se verificou a paralisação, nunca chegou a ser total, pelo que cada uma tem programas curriculares para fazer face a esta situação.
Angola possui 11 universidades, 51 faculdades, 15 institutos, cinco escolas superiores e uma academia de ciências, no sistema público. MGM/ART