Luanda - Mais de 200 efectivos da Brigada de Segurança Escolar (BSE) estão mobilizados para garantir a segurança pública nas escolas do ensino geral, em Luanda, informou, esta segunda-feira, o comandante do órgão, Bartolomeu Campos.
Em entrevista à ANGOP, no âmbito do início do ano lectivo 2024/2025, o responsável referiu que o órgão operativo do Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional tem realizado acções preparatórias, com a mobilização dos efectivos a nível dos comandos municipais, com vista a manter a ordem e a tranquilidade pública nos estabelecimentos de ensino.
De acordo com o responsável, a actividade da Brigada de Segurança Escolar consiste na prevenção de delitos nas escolas e não propriamente na reacção aos actos, razão pela qual conta com a colaboração dos vigilantes do Gabinete Provincial da Educação e de algumas empresas de segurança privada.
Informou que a BSE vai assegurar um universo de cinco mil e 532 escolas, entre públicas, de convénio e privadas.
Para o êxito do programa, referiu que a instituição tem estabelecido parcerias com as comunidades escolares, associações juvenis, comissões de moradores, entre outras organizações.
“Tendo em conta os problemas identificados no ano lectivo passado, a BSE redefiniu as acções preventivas, passando pelo envolvimento das comunidades e vigilantes de autoprotecção, bem como a constituição de um conselho comunitário de segurança escolar”, salientou.
Fez saber que, no ano lectivo passado, a Brigada de Segurança Escolar registou 242 crimes diversos, com destaque para ofensas à integridade física de alunos e professores, furtos de telemóveis e de materiais escolares, sendo que os municípios de Luanda, Viana e Belas foram os mais visados.
Na ocasião, o oficial referiu que o órgão tem enfrentado algumas dificuldades relacionadas com os meios técnicos e humanos, situação que tem dificultado o reforço do policiamento de proximidade nas comunidades.
“Temos meios em todos os municípios, mas precisamos de mais, sobretudo motorizadas para facilitar o acesso às zonas de difícil acesso. Em relação aos recursos humanos, o desejável é crescer pelo menos até 900 agentes para fazer face à densidade populacional e o aumento do número de escolas”, sublinhou.
O ano lectivo 2024-2025 foi oficialmente aberto sexta-feira.ANM/MCN