Londres - A delegação angolana ao Fórum Mundial da Educação, que decorre na cidade de Londres, de 19 a 22 do corrente mês, inteirou-se das experiências do Senegal, Bangladesh e da UNESCO sobre o tema “optimizar a educação verde no ensino primário”.
Segundo uma nota de imprensa da Embaixada de Angola no Reino Unido da Grã Bretanha, Irlanda do Norte e Irlanda, hoje, os secretários de Estado para a Educação Secundária, Gildo Matias José, e para o Ensino Superior, Eugénio Silva, participaram no debate ministerial sobre “Educação Verde”.
Durante o debate, ficou assente que a integração tecnológica, a aplicação da realidade virtual e da Inteligência Artificial ajudarão os alunos a absorver melhor os conhecimentos sobre a natureza.
Defendeu-se a integração da educação verde nas estratégias de longo prazo nos currículos, para que as crianças tenham um processo de aprendizagem alicerçado na perspectiva global sobre questões como as alterações climáticas.
A UNESCO, que esteve representada no debate pelo seu director para a Monitorização da Educação Global, Manos Antoninis, apelou ao incremento do diálogo a nível dos decisores políticos para a mudança de paradigma visando uma educação mais focada nas alterações climáticas, com soluções para a mitigação do fenómeno climático que o mundo enfrenta.
O organismo das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura também constata com preocupação que os conteúdos verdes são mais comuns na educação superior do que na educação secundária, mais nas disciplinas de ciências do que nas áreas sociais.
O ministro da Educação do Senegal, Mustapha Guirassi, e a ministra de Estado para a Educação Primária e Massiva, Rumana Ali, advogaram escolas resilientes face aos problemas ambientais, com destaque para as alterações climáticas.
Defenderam a necessidade de uma transformação sistemática baseada na juventude face aos fenómenos mundiais e numa educação inclusiva.
O Senegal reconhece que existe, de facto, em África investimento na Educação, mas os resultados, às vezes, não são frutíferos, porque falta um ensino enraizado nos valores espirituais tradicionais africanos, como a generosidade e a tolerância.
Concluíram que urge implementar a educação verde nos currículos, de forma transversal em várias disciplinas do ensino primário.
No segundo dia do Fórum Mundial da Educação, que termina na quarta-feira, a delegação angolana também centrou atenções na plenária sobre “o aprimoramento de práticas ligadas à alocação de fundos, planificação e identificação de prioridades no ensino”.
Os dois secretários de Estado, Gildo Matias José e Eugénio Silva, representam as ministras da Educação e do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Luísa Grilo e Maria do Rosário Bragança, respectivamente. OHA