Huambo - Pelo menos 40 médicos veterinários são formados todos os anos na Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade José Eduardo dos Santos (UJES) no Huambo, a única de género no país.
A informação foi prestada, esta sexta-feira, à ANGOP, pelo decano da instituição, Joaquim Morais, por ocasião do Dia Mundial do Médico Veterinário, que hoje se assinala.
O académico lembrou que a instituição tem a missão de assegurar a protecção animal, produzir e disseminar o conhecimento científico de interesse para o desenvolvimento de Angola na área das ciências veterinárias e aquicultura.
Joaquim Morais disse que, nesta altura, os 50 finalistas em ciências médicas veterinárias, que concluíram o ciclo formativo no ano académico 2023/2024, já se encontram distribuídos em diversas fazendas com maior produção pecuária do país, onde dinamizam novas formas de desenvolvimento e repovoamento animal, com foco na sustentabilidade económica.
Realçou que o sector público/privado, sobretudo, ligados à produção agro-pecuária, são os maiores empregadores dos médicos veterinários, para trabalharem com métodos plausíveis em torno da saúde animal e maior aposta no processo de multiplicação pecuária.
Sinalizou que as províncias do Cuanza-Sul, Luanda e o Zaire são regiões do país onde se registam maiores solicitações de médicos veterinários, por possuírem zonas significativas de produção pecuária.
Frisou que na província do Huambo, em particular, o médico veterinário tem vindo a ganhar espaço no segmento do agro-negócio, onde os profissionais estão cada vez mais envolvidos na multiplicação de aves, para estimular a economia local.
Nesta vertente, mais de um milhão de pintos foram distribuídos de 2022 até à presente data, para 100 mil famílias vulneráveis, na perspectiva do fomento da produção de ovos, a partir de modelos simples e sustentáveis.
Estes pintos foram disponibilizados nos 11 municípios desta região do Planalto Central, com assistência técnica dos médicos veterinários.
O académico disse que a Faculdade de Medicina Veterinária está, nesta altura, engajada na profissionalização dos quadros, para que sejam capazes de proteger o sistema nacional de saúde e estimular a produção de animais, para alavancar e contribuir na diversificação da economia.
Salientou que estas profissionalizações estão a contribuir no dimensionamento das iniciativas empreendedoras dos jovens e, consequentemente, no alargamento de empregos nos segmentos agro-pecuários do país.
Adiantou que para o ano académico 2024/2025 a instituição inscreveu, do I ao V ano, 243 estudantes nos ramos das ciências médicas veterinárias e Aquicultura.
A respeito da efeméride disse ser um dia importante que está a ser marcado por profundas reflexões sobre o papel e a valorização da classe em Angola.
A data resulta do facto de ter sido a 4 de Outubro de 1991 que se criou a Ordem dos Médicos Vaterinários, enquanto profissionais responsáves por cuidar da saúde dos animais, sejam eles de estimação ou selvagens.
Curiosamente, a data coincide no calendário litúrgico com o dia de São Francisco de Assis, o santo protector dos animais, a quem são atribuídos milagres de cura. LT/ALH.