Luanda - Os governos de Angola e da Namíbia pretendem criar escolas nas zonas fronteiriças, no sentido de facilitar a formação académica e profissional, anunciou esta quarta-feira, em Luanda, a ministra angolana da Educação, Luísa Grilo.
Segundo a governante, a pretensão enquadra-se no reforço da cooperação entre os dois países, no domínio da educação, e tem como base o facto de cidadãos de um país estudarem no outro, tendo em conta a proximidade entre as suas residências e as escolas.
Luísa Grilo falava durante um encontro com a ministra da Educação, Arte e Cultura da Namíbia, Ester Anna Nghipondoka, que efectua uma visita de trabalho ao país, no quadro do incremento da cooperação.
Disse que os governos procuram mecanismos que permitam estabelecer, de forma oficial, escolas fronteiriças para que os alunos possam frequentar sem qualquer dificuldade ou preocupação.
Por outro lado, enfatizou que Angola e a Namíbia possuem um protocolo antigo, que vão procurar actualizar para um trabalho articulado.
"Temos muitos estudantes que atravessam fronteiras, sobretudo nas províncias do Cunene e do Cuando Cubango, para estudarem na Namíbia”, explicou.
Revelou que os dois países pretendem reforçar a inclusão das línguas nacionais (português e inglês) nas escolas fronteiriças.
Na ocasião, a ministra da Educação, Arte e Cultura da Namíbia, Ester Anna Nghipondoka, manifestou o interesse do seu país em partilhar a experiência de Angola no ensino técnico-profissional, para melhor exploração dos recursos naturais.
Com a descoberta de petróleo e outros recursos sustentáveis na Namíbia, a governante considerou fundamental a implementação de cursos práticos para o desenvolvimento deste país.
O encontro foi testemunhado pelo ministro angolano da Cultura, Filipe Zau. JAM/OHA